segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

BATERIA DE SALVA - Bia CUNHA MATTOS

CAP ERNESTO AUGUSTO DA CUNHA MATTOS

· 1a Peça: Cabo SERAFIM DE SOUZA
· 2a Peça: Tenente ANTONIO JOSÉ DO AMARAL
· 3a Peça: Tenente AFRÍSIO FIALHO
· 4a Peça: Tenente JUSTINO DA SILVEIRA
· 5a Peça: Sargento DRAUBER
· 6a Peça: Sargento DALÍSIO SALLES



CAP ERNESTO AUGUSTO DA CUNHA MATTOS



JOSÉ CLARINDO DE QUEIRÓZ General de Divisão Comandante Geral interino da Arma de Artilharia.



Certifico que o Oficial abaixo declarado, tem no Livro Mestre deste Corpo, os assentamentos do teor seguinte:

ERNESTO AUGUSTO DA CUNHA MATTOS, filho legítimo de Libanio Augusto da Cunha Mattos, natural do RIO DE JANEIRO, nasceu em 23 de dezembro de 1843, casado. Assentou Praça voluntariamente e jurou Bandeira no 1o Batalhão de Infantaria a 02 de março de 1857, e ficou com dispensa do serviço para se matricular na Escola Militar, a fim de estudar o Curso Geral, segundo se fez público na Ordem do Dia do Quartel General no 05, de 07 do mesmo mês e ano. Fez passagem para o 1o Regimento de Artilharia a Cavalo, a 11 de fevereiro de 1858 e ficou considerado em diligência na Corte, adido ao 1o Regimento de Cavalaria Ligeira, como consta da Ordem do Dia do Comando das Armas no 145, de 26 do dito mês e ano. Matriculou-se no 1o ano da Escola Militar e ficou adido ao Batalhão de Engenheiros, a 21, como fez público a Ordem do Dia da dita Escola no 03, de 23, tudo de janeiro de 1861. Foi aprovado plenamente no exame prático da Arma de Artilharia, segundo se fez público na Ordem do Dia da Repartição de Ajudante General no 271, de 22 de julho do dito ano. Foi reconhecido Cadete de 2a Classe, em 11 de novembro do mesmo ano, por haver provado ser filho legítimo do Senhor LIBANIO AUGUSTO DA CUNHA MATTOS, Oficial da Ordem da Rosa. Por Decreto de 02, publicado em Ordem do Dia da Repartição de Ajudante General no 295, de 05 de dezembro, tudo em o predito ano de 1861, foi promovido ao Posto de 2o Tenente, para o 1o Regimento de Artilharia a Cavalo, a que pertencia, e continuou no destino em que se achava. Por decreto de 30 de dezembro de 1863, foi promovido ao Posto de 1o Tenente, para o dito Regimento, como se fez público na Ordem do Dia da Repartição de Ajudante General no 383, de 15 de janeiro de 1864. Sendo da 2a Bateria do referido 1o Regimento de Artilharia a Cavalo, marchou com o mesmo de SÃO GABRIEL a 18, e chegou a PIRAY-GRANDE, a 30, tudo de outubro, onde se organizou o Exército de Operações ao Sul do Império. Em marcha com o Exército, atravessou a linha divisória do BRASIL com a REPÚBLICA ORIENTAL DO URUGUAY, ao 01 de dezembro e chegou a PAYSANDÚ, onde acampou a 29, e tomou parte nos reconhecimentos, que, por ordem verbal do Excelentíssimo Senhor General em Chefe, foram feitos Às trincheiras da mesma cidade, a 30, debaixo de vivo fogo de Artilharia e mosquetaria inimiga; na noite desse dia, tomou posição com a Bateria em frente às referidas trincheiras e assistiu ao fogo de mosquetaria feito pelo inimigo durante essa noite; tomou parte no combate do dia 31, tudo em o precitado mês de dezembro e ano de 1864 e nos que se deram nos dias 01 e 02 de janeiro de 1865, até a final rendição da Praça de PAYSANDÚ. Foi elogiado em Ordem do Dia do Comando em Chefe do Exército em operações no 17 de 07 do mesmo mês de janeiro, por se haver portado com distinção nos referidos combates, sendo mais digno de menção, porque, além dos serviços prestados nas Baterias, foi destacado com duas bocas de fogo, a fim de colocá-las nas ruas da Cidade e dirigiu seus fogos, cujos serviços desempenhou com perícia e muita bravura. Em marcha com o Exército, sobre a Cidade de MONTEVIDÉO, chegou à Vila da UNIÃO, a 06 de fevereiro e tomou parte no cerco até a rendição da Guarnição daquela Cidade, tendo também feito parte da Comissão encarregada de reconhecer suas fortificações e dar o plano de ataque. Por Decreto de 18, publicado em Ordem do Dia da Repartição de Ajudante General no 436, de 22, tudo do predito mês de fevereiro, foi promovido ao Posto de Capitão, por atos de bravura, para o 4o Batalhão de Artilharia a Pé e ficou considerado adido ao 1o Regimento de Artilharia a Cavalo, onde se achava servindo. Por Decreto de 18, também de fevereiro, e Diploma de 11 de março, foi-lhe conferido o grau de Cavaleiro da Ordem do Cruzeiro, em atenção aos relevantes serviços prestados no combate de PAYSANDÚ. Foi posto à disposição do Comando em Chefe do Exército, a 29 do referido mês de março, por ordem do Governo, e encarregado da Direção e Instrução do 2o Corpo de Voluntários da Pátria, Comissão que exerceu até 13 de junho, tudo em o supracitado ano de 1865, em que novamente recolheu-se ao Regimento e assumiu o Comando da 2a Bateria. Foi aprovado plenamente nos Exames Práticos da Arma de Artilharia, como se fez público na Ordem do Dia do Exército no 145, de 26 de março de 1866. Em marcha com Exército em Operações contra o Ditador do PARAGUAY, pelo Estado Oriental e Confederação Argentina, chegou à margem esquerda do Rio PARANÁ, no Passo do ITAPIRÚ, a 31, também de março e acampou com o Regimento em frente do inimigo, na mesma data; transpôs o dito Rio para o território Paraguaio, abaixo do Forte de ITAPIRÚ, a 17 e acampou acima do mesmo Forte, a 18, tudo de abril; a 24 desse mesmo mês, passou com o Regimento pelas fortificações do Passo da Pátria, que haviam sido abandonadas pelo inimigo e acampou. No dia 02 de maio, marchou com o Regimento para a vanguarda do Exército, onde combateu o inimigo até que o mesmo foi lançado fora do campo de batalha; retirando-se com o Regimento, retrocedeu de novo àquela posição, onde igualmente combateu forças inimigas e que foram completamente derrotadas; no dia 09, marchou com a 1a Divisão de sua Bateria, para reconhecer a posição do inimigo e tomou parte no combate de artilharia que teve lugar nesse dia; no dia 20, marchou com o Regimento para a Vanguarda dos Exércitos Aliados e tomou posição em frente às trincheiras inimigas, onde combateu o inimigo e desalojou-o das mesmas e perseguindo-o na execução de quase duas léguas; no dia 22, assistiu ao reconhecimento feito às posições inimigas da Vanguarda do Exército, em TUIUTY; no dia 24, tomou parte na grande Batalha de TUIUTY, combatendo o inimigo com vivo fogo durante toda a ação e bem assim, no dia 28, tudo em o precitado mês de maio; tomou parte no combate que teve lugar nas mesmas posições de TUIUTY. Consta da Parte dada pelo Comandante do Regimento, que, com distinção e bravura, se portou na referida batalha, contribuindo para que fosse esse dia de glória para o 1o Regimento de Artilharia a Cavalo, acrescentando mais esta página honrosa à história de seus feitos, tornando-o feliz e tão glorioso para o Exército Brasileiro; por cujo feito de armas, cabendo ao Regimento a parte mais ativa na batalha, foi-lhe transmitido pelos Generais, Chefes de Estado-Maior, Comandante Geral de Artilharia e General Oriental Comandante do Exército da Vanguarda, os mais honrosos elogios, como consta de suas respectivas Partes, à Sua Excelência o Senhor General em Chefe, publicadas na Ordem do Dia do Exército, no 156, de 29, ainda do predito mês de maio, declarando, o primeiro, que muito se deve à Arma de Artilharia, mormente ao 1o Regimento de Artilharia a Cavalo, que muito cooperou para a derrota do inimigo; o segundo, que o Regimento, achando-se na Vanguarda, foi o primeiro a suportar o impulso das massas Paraguaias, que a todo custo pretendiam afastá-lo, mas que não puderam abrir caminho entre a chuva de metralha e granadas que lhes enviavam os canhões do Regimento; o terceiro, finalmente, declara que o Regimento com seus fogos certeiros, muito contribuiu a rechaçar o inimigo com a imensa perda de gente que teve. Assistiu aos combates de Artilharia dos dias 14, 18 e 19, tudo de junho e bem assim tomou parte nos combates de 16 e 18 de julho, seguindo para a frente com sua Bateria, neste último combate à disposição do Excelentíssimo Senhor General Comandante do Exército da Vanguarda, onde incorporado à Bateria de Voluntários Alemães, ambas sob seu comando, combateu o inimigo com vivo fogo até o final da ação e recolheu-se ao Regimento a 19 do mesmo mês de julho. Por Decreto de 16 de agosto, foi-lhe conferido o grau de Cavaleiro da Ordem de Cristo, pelos serviços prestados nos Combates de 16 e 17 de abril, 02 e 24 de maio do mesmo ano. Em conseqüência da ordem verbal do Comando em Chefe do Exército, foi desligado do 1o Regimento de Artilharia a Cavalo a 07 de outubro do mesmo ano, a fim de se reunir ao 4o Batalhão de Artilharia a Pé, a que pertencia no 2o Corpo de Exército. Pela Ordem do Dia do Comando em Chefe no 42, de 28 de fevereiro de 1867, se fez público que foi Comissionado no Posto de Major. Por Decreto de 13 de abril e diploma de 20 de junho, tudo do dito ano de 1867, foi-lhe conferido o grau de Oficial da Ordem da Rosa, pelos serviços prestados nos combates de 16 e 18 de julho de 1866. Da participação dada pelo Excelentíssimo Senhor Tenente General Visconde de PORTO ALEGRE, comandante do 2o Corpo de Exército, em TUIUTY, relativamente ao combate do dia 03 de novembro e transcrita em Ordem do Dia do Comando em Chefe no 165, de 12 do mesmo mês, tudo do supracitado ano de 1867, consta o seguinte: “Duas colunas inimigas que avançaram pela direita, contornando a nossa linha, conseguiram apoderar-se do reduto argentino, colocado no extremo da mesma linha e do que lhe fica à direita, guarnecido pelo 4o Batalhão de Artilharia a Pé, armado com um canhão a Withworth, de calibre trinta e dois, não sem grande e heróica resistência da parte das respectiva guarnição e de seu bravo Comandante, o Senhor Major ERNESTO AUGUSTO DA CUNHA MATTOS, que, tendo podido retirar-se com seus camaradas, deixou de o fazer, por entender, de certo, que sofreria em seus brios se abandonasse a posição em que o haviam colocado. Achando-se prisioneiro de guerra no Exército Paraguaio, apresentou-se a Sua Excelência o Senhor Marquês de Caxias, Comandante em Chefe do Exército aliado, a 27 de dezembro de 1868, em LOMAS VALENTINAS, e foi mandado adir ao 4o Corpo Provisório de Artilharia, na mesma data. Em virtude de Ordem do Comando em Chefe Interino, de 28 de março de 1869, foi mandado adir ao 12o Batalhão de Infantaria e assumiu o Comando Interino do mesmo na mesma data. Achando-se acampado em LUQUE, marchou com o Batalhão a 29 de abril e acampou na Cidade de ASSUNÇÃO, no mesmo dia. Embarcou dessa cidade, com destino a TRANQUEIRA DE LORETO, no Vapor PAYSANDÚ, ao 01 de maio, onde chegou a 04 e marchou para ITAPUA a 13 e ali chegou a 21, passando com a 4a Divisão de Cavalaria, o Rio PARANÁ, para o território paraguayo, a 24, tudo em o predito mês de maio. Acampou na Vila de ENCARNAÇÃO; marchou a 16 de junho e transpôs o Rio TEBIQUARY no Passo JUTY, a 29 do mesmo mês. Transpôs Rio PIRAPÓ a 08 de julho, acampando no lugar chamado RELANQUE a 15, de onde regressou a 16, com destino ao Passo JARÁ, onde acampou a 20 e tomou parte no combate de 21, repassando o Rio TEBIQUARY, no referido Passo JARÁ a 23, tudo do predito mês de julho. Achando-se acampado na Vila de SÃO MIGUEL, marchou a 05 de agosto e chegou no Passo de SANTA MARIA, de onde embarcou a 06, e desembarcou na Cidade de ASSUNÇÃO a 10, marchando a 12 e reunindo-se à coluna do mando do Excelentíssimo Senhor Brigadeiro JOSÉ AUTO, a 14, com a qual marchou a 16 e reuniu-se ao Exército, a 17; tomou parte no combate do dia 18, tudo de agosto, na Picada de CARAGUATAHY e acampou. Foi elogiado na Ordem do Dia do Comando em Chefe de todas as forças brasileiras em operações na República do PARAGUAY no 30, em referência à Parte dada por Sua Excelência o Senhor Brigadeiro Honorário JOSÉ GOMES PORTINHO relativamente ao combate de 21 de julho, em BARACUÊ, por sua perícia e irresistível valor no combate, confirmando mais esta vez, a fama de bravo que com justiça goza no Exército, tudo em o predito ano de 1869. Acampado na Vila de TAQUATY, a 02 de janeiro de 1870. Assumiu o Comando da Guarnição desse ponto, na mesma data; marchou com destino ao Passo BARRETO, onde acampou a 22 do mesmo mês e assumiu, na mesma data, o Comando da Guarnição desse ponto. Acampado no Passo BARRETO, transpôs o Arroio AQUIDABAN, a 07 de fevereiro, e a 08 marchou com o Batalhão com destino a BOA VISTA, no Rio APA, onde chegou a 13, transpondo-o para o território brasileiro a 19, e acampou a margem esquerda do dito rio, na mesma data. Marchou a 20, com as forças ao mando do Senhor Coronel BENTO MARTINS, da qual fazia parte o Batalhão, e transpôs o Rio BRANCO no Passo da COLÔNIA a 24, repassando-o mais em cima, a fim de tomar a estrada da Ponte PONAN, a 25, tudo em o predito mês de fevereiro. Destacou para a Vanguarda, a 02 de março e acampou no CERRO CORÁ, no mesmo dia; marchou para TAQUARAL a 08, e daí para a Vila da CONCEIÇÃO, onde chegou a 17, tudo em o precitado mês de março, e deixou o Comando do 12o Batalhão de Infantaria, em virtude da Lembrança do Comando das Forças, publicada na Ordem do Dia do dito Batalhão, da mesma data. Foi recomendado na Parte dada por Sua Excelência o Senhor Visconde de PELOTAS, Comandante das Forças Expedicionárias, pelos serviços relevantes que, com atividade e inteligência, sempre prestou, tanto destacado no Passo BARRETO, como anteriormente em TAQUATY, por serem eles dignos do maior apreço, como se fez público na Ordem do Dia do Comando em Chefe no 45, de 15 do precitado mês de março. Acha-se contemplado no voto de louvor e gratidão que a Câmara dos Senhores Deputados em Sessão de 11 de maio, deliberou que se consignasse na Ata à aqueles que até o brilhante feito de armas de 01 de março, honroso termo da guerra provocada pelo ex-Presidente da República do PARAGUAY, conquistando para a Pátria glória imperecível; achando-se igualmente contemplado no voto de felicitação dirigido ao Exército pela Câmara Municipal da Vila de CAMPOS, Província de SERGIPE, pelo feliz desenlace da guerra sustentada contra o ex-Ditador do PARAGUAY, o que tudo consta das Ordens do Dia da Repartição de Ajudante General no 721, de 26 do predito mês de maio e 722, de 10 de junho. Por Decreto de 06 de setembro e Diploma de 28 de dezembro, tudo em o supracitado ano de 1870, foi-lhe conferido o grau de Comendador da Ordem da Rosa, pelos serviços prestados na Guerra do PARAGUAY, nos combates das Cordilheiras. Por Portaria do Ministério da Guerra de 14, publicada em Ordem do Dia da Repartição de Ajudante General no 759, de 20, tudo de março de 1871, foi nomeado Secretário da Inspeção dos Corpos da Província de SÃO PEDRO DO RIO GRANDE DO SUL. Por Decreto de 14, publicado em Ordem do Dia da Repartição de Ajudante General no 762 de 18, tudo de abril do dito ano, foi mandado considerar graduado no Posto de Major, contando antigüidade de 06 de outubro de 1870. Consta da Ordem do Dia da Repartição de Ajudante General no 844, de 28 de março de 1872 que, sendo processado a seu pedido, para se justificar do fato de ter sido prisioneiro de guerra no combate de 03 de novembro de 1867, em TUIUTY, na qualidade de Comandante Interino do 4o Batalhão de Artilharia a Pé, foi absolvido pelo Conselho de Guerra, por não estar demonstrado que o seu aprisionamento fosse devido a surpresa, covardia ou imperícia, e, antes, justificado seu procedimento. Confirmada a sentença em 22 do predito mês de março de 1872, pelo Conselho Supremo Militar de Justiça, absolvendo-o por se ter justificado completamente, não tendo cedido senão na última extremidade, quando foi atacado e depois de haver-se defendido por todos os modos possíveis. Em 23 de setembro do precitado ano de 1872, foi-lhe conferida a Medalha Geral da Campanha do PARAGUAY, com o Passador de Ouro, tendo o no 05, como se fez público na Ordem do Dia da Repartição de Ajudante General no 897, de 19 de dezembro do referido ano. Sendo do 4o Batalhão de Artilharia a Pé, foi transferido para este Corpo de Estado Maior da mesma Arma, por Decreto de 28, publicado na Ordem do Dia do Exército no 903, de 31, ainda do predito mês de dezembro e ano de 1872, e ficou considerado em disponibilidade. Por Portaria do Ministério da Guerra de 17, publicada na Ordem do Dia do Exército no 909, de 25, tudo de janeiro de 1873, foi nomeado para servir na Comissão de Melhoramentos do Material do Exército, durante o impedimento do Brigadeiro Graduado RICARDO JOSÉ GOMES JARDIM. Por Decreto de 11, publicado na Ordem do Dia do Exército no 944, de 17, tudo de junho do dito ano, foi promovido à efetividade do Posto de Major, por antigüidade. Por Portaria do Ministério da Guerra de 31 de julho, foi nomeado Membro Adjunto da Comissão de Melhoramentos, onde se achava servindo, conforme se fez público na Ordem do Dia do Exército no 956, de 10 de agosto, tudo em o precitado ano de 1873. Por Portaria do Ministério da Guerra de 03, publicada na Ordem do Dia do Exército no 1002, de 08, tudo de janeiro de 1874, foi nomeado para servir na Comissão de Engenharia Militar de que é Chefe o Senhor Tenente Coronel Graduado CONRADO JACOB NIEMEYER, na Província do Rio GRANDE DO SUL, para cuja Comissão seguiu a 05 de fevereiro. Da relação de alterações, passada pelo Comando das Armas da dita Província, consta que, em virtude do Aviso do Ministério da Guerra de 16 de setembro, assumiu interinamente a Direção da referida Comissão a 16 de novembro, tudo em o precitado ano de 1874. 1875 – Sem alteração. 1876 – Por Portaria de 19 de setembro, foi nomeado Chefe Efetivo da Comissão acima citada, lugar que exercia interinamente, o que foi público na Ordem do Dia do Exército no 1242, de 14 de outubro. 1877 – Sem alteração. 1878 – Por Portaria do Ministério da Guerra, de 21 de junho, foi mandado louvar, em Ordem do Dia do Exército no 1413 de 23 de julho, pelo interesse e zelo que mostrou pelo serviço público, construindo sobre o Arroio que banha a Falda do Cerro do Depósito uma pequena ponte que estabelece comunicação permanente entre a cidade do LIVRAMENTO e o Quartel ocupado pelo 4o Regimento de Cavalaria Ligeira, concorrendo com a metade da quantia em que importou aquela construção, segundo comunicou em Ofício no 163, de 26 de maio próximo findo. 1879 – Por Portaria do Ministério da Guerra, de 18 de agosto, foi dispensado do lugar de Chefe dessa Comissão, conforme comunicou o Ofício da Repartição de Ajudante General no 5542, de 21 do dito mês. Por Ofício da Repartição de Ajudante General no 603, de 13 de setembro, foi comunicado que, por Aviso do Ministério da Guerra de 04, também de setembro, expedido à Presidência do RIO GRANDE DO SUL, permitiu-se-lhe, demorar-se na dita Província pelo tempo que lhe fosse necessário, para preparar-se a fim de recolher-se com sua família a esta Corte. Por Ofício da Repartição de Ajudante General no 7291, de 04 de novembro, foi em virtude da Portaria do Ministério da Guerra, de 30 de outubro, mandado averbar em seus Assentamentos, o que consta dos Avisos do Ministério acima, de 06 de março de 1877, 12 de fevereiro e 02 de julho de 1878, o primeiro a ele dirigido, e os últimos à Presidência do RIO GRANDE DO SUL, nos quais é louvado em nome do Governo Imperial, pelos bons serviços prestados como Chefe da Comissão de Engenharia Militar, na mesma Província, dirigindo as obras de que se achava encarregado, resultando um saldo de 26 contos, 496 mil e 375 réis. Apresentou-se a este Corpo, vindo do RIO GRANDE DO SUL, a 03 de outubro. Por Aviso do Ministério da Guerra, de 10, ainda de outubro, foi mandado adir a Repartição de Ajudante General, segundo comunicou a mesma Repartição, em Ofício no 6763, também de outubro. Por Ofício da mesma Repartição no 7673, de 21 de novembro, se mandou averbar em seus assentamentos, conforme solicitou, o elogio constante do Aviso de 09 de setembro, publicado no Diário Oficial de 18 do dito mês, de 1878, no qual é louvado pelo interesse e zelo que mais esta vez demonstrou em bem do serviço, realizando com a construção do Quartel do 1o Regimento de Artilharia a Cavalo, uma economia de 23 contos, 344 mil e 22 réis. Consta da Ordem do Dia do Exército no 483, de 24, ainda de novembro, ter Sua Excelência o Senhor Ministro da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, declarando que este Oficial quando Chefe da Comissão de Engenharia, no RIO GRANDE DO SUL, fora por aquele Ministério, encarregado da Construção da Linha Telegráfica, que liga a Vila do ROSÁRIO à Cidade de SANTANA DO LIVRAMENTO, e executou esse trabalho com rapidez notória, tendo principalmente em vista a necessidade de transportar o material de diversas localidades, inclusive PORTO ALEGRE; a época imprópria e obstáculos que correram para demorar o serviço, realizando uma economia de quase sessenta e seis por cento, sobre o orçamento feito pela Repartição Geral dos Telégrafos para uma construção em condições favoráveis, dando, assim, provas de atividade, método e rigorosa disciplina que soube manter, e zelo pelo serviço público, conforme consta da informação prestada pela Diretoria Geral dos Telégrafos. 1880 – Consta do Ofício da Repartição do Ajudante General no 899, de 13 de fevereiro, ter seguido a 11 do mesmo, para a Província do RIO GRANDE DO SUL, a fim de tomar assento na Assembléia Provincial da dita Província. Apresentou-se ao Corpo nesta Corte a 24, por ter sido por Portaria do Ministério da Guerra, de 22, nomeado para Comandar o Depósito de Aprendizes Artilheiros, o que tudo comunicou à Repartição de Ajudante General em Ofício no 1832, tudo de março. Por Portaria do Ministério da Guerra de 01, comunicada em Ofício da Repartição de Ajudante General no 2769, de 04, tudo de maio, foi nomeado Oficial de Gabinete do mesmo Ministério, deixando por isso, o Comando do Depósito. Por Decreto de 25, foi promovido a Tenente Coronel por merecimento, conforme publicou a Ordem do Dia do Exército no 1528, de 28 de julho. 1881 – Por Ofício da Repartição de Ajudante General no 230, de 13 de janeiro, consta ter sido o seu pedido, exonerado do Cargo de Oficial do Gabinete do Ministério da Guerra e do Comando do Depósito de Aprendizes Artilheiros e ter seguido no dia 12 do mesmo mês, para a Província do RIO GRANDE DO SUL, como Chefe da Comissão de Engenharia Militar, naquela Província, para cujo cargo fora nomeado por Portaria do mesmo Ministério, de 03, entrando em exercício a 20, tudo de janeiro. 1882 – Foi dispensado desse Cargo por ter sido por Portaria do Ministério da Guerra, de 09 de novembro, nomeado para este o Brigadeiro BARÃO DE MARACAJÚ, como comunicou o Ofício da Repartição de Ajudante General no 7138, de 10 do dito mês. Apresentou-se à dita Repartição, à qual, ficou adido, a 18 de dezembro. 1883 – Em Aviso do Ministério da Guerra, de 09 de outubro do ano anterior, publicado em Ordem do Dia do Exército no 1714, de 12 do dito mês e ano, se lhe fez sentir que de conformidade com o Aviso do mesmo Ministério, de 04 de outubro de 1859 é proibido aos Oficiais do Exército, a publicação de artigos ofensivos a seus camaradas. Por Decreto de 07 de abril, foi transferido para o 3o Batalhão de Artilharia a Pé, pelo que foi excluído a 17 do dito mês, em virtude do Ofício da Repartição de Ajudante General no 2367, do mesmo dia. Por decreto de 05 de setembro, foi transferido para o 3o Batalhão de Artilharia a Pé, para este Corpo de Estado-Maior de Artilharia. Apresentou-se ao Corpo a 10, e ficou adido à Repartição de Ajudante General, o que tudo comunicou o Ofício da mesma Repartição no 5390, de 10, tudo de setembro. Por Decreto de 29, ainda de setembro, comunicado em Ofício da Repartição de Ajudante General no 5960, de 01 de outubro, foi nomeado Diretor da Fábrica de Pólvora da Estrela, pelo que passou a fazer parte da Comissão de Melhoramentos do Material de Guerra, em virtude do Decreto no 7575, de 20 de dezembro de 1869. 1884 – Pela Ordem do Dia do Exército no 1873, de 21 de setembro, foi nomeado membro da Comissão encarregada de organizar um novo Regulamento para a Fábrica de Pólvora da Estrela, sob sua Direção, nos termos do Artigo 6o, parágrafo 1o, no 02 da Lei no 3230. Por Decreto de 08 de novembro foi promovido ao Posto de Coronel, por merecimento, para este Corpo, conforme comunicou a Repartição de Ajudante General, em Ofício de 11 do dito mês; apresentou-se ao dito Corpo a 12. 1885 – Por Ofício da Repartição de Ajudante General no 9039, de 09 de dezembro, foi comunicado haver sido nomeado em cumprimento de ordem contida em Portaria do Ministério de Guerra, de 01 do dito mês, para inspecionar os Corpos e Fortificações do Norte, desde a Província do CEARÁ, até a do AMAZONAS. 1886 – Por Portaria do Ministério da Guerra de 08 de março, foi-lhe concedida a dispensa que pediu da Comissão em que se achava, de Inspetor dos Corpos e Estabelecimentos Militares do Norte, conforme comunicou a Repartição de Ajudante General, em Ofício no 1760, de 03 do dito mês. Por Ofício da Repartição de Ajudante General no 3114, de 06 de maio, foi comunicado haver feito entrega no dia 04 do dito mês, do Relatório da Inspeção que se achava encarregado no 5o Batalhão de Infantaria, ficando adido à Repartição de Ajudante General, de conformidade com as ordens em vigor. O Excelentíssimo Senhor Ajudante General, em Ofício no 4994, de 30 de julho, comunicou haver sido por Aviso do Ministério da Guerra, de 29 do dito mês, mandado deter por 48 horas, em conseqüência de haver persistido este Oficial, em recorrer à imprensa, à despeito das advertências que lhe tem sido dirigidas, como se vê de um artigo no Jornal do Comércio, da mesma data, no qual, faz censuras ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Guerra e arroga-se o direito de ajuizar de seus atos, falta esta que constitui transgressão da disciplina militar, definida segundo o parágrafo o do Artigo 5o do Regulamento Disciplinar, de 08 de março de 1875, incorrendo nas penas cominadas com o parágrafo 1o do Artigo 7o do mesmo regulamento, designando aquele Excelentíssimo Senhor, o Estado Maior do 2o Regimento de Artilharia a Cavalo, a fim de aí cumprir o referido Coronel, à ordem do mesmo Excelentíssimo Senhor Ministro. 1887 – Por Portaria do Ministério da Guerra, de 23 de maio, foi mandada trancar a nota que se lhe fizera em cumprimento ao Aviso do mesmo Ministério, de 26 de julho de 1886. Apresentou Certidão de se haver casado com Dona CARLINDA BARRETO PINTO DA CUNHA MATTOS, em 25 de agosto de 1874 e ter desse convênio os seguintes filhos: MARIA DA GLORIA, nascida a 02 de junho de 1875; MARIA JOSÉ, a 03 de abril de 1879, e ERNESTO, em 22 de maio de 1874. Por Aviso do Ministério da Guerra de 27 de outubro, foi nomeado para dirigir a construção das Linhas Telegráficas, na Província do RIO GRANDE DO SUL. Apresentou-se a este Comando a 28. 1888 – Consta de uma Relação de Alterações, assinada pelo Comandante das Armas do RIO GRANDE DO SUL e remetida com o Ofício da Repartição de Ajudante General no 340, de 18 de janeiro, haver-se apresentado àquele Comando, a 24 de novembro do ano findo. Apresentou-se a este Corpo, a 17 de julho, vindo do Sul, a chamado de Sua Excelência o Senhor Ministro da Guerra. Por Ofício da Repartição de Ajudante General no 5089, de 28 de julho, foi comunicado que, por ordem do mesmo Ministro, expressa em Portaria de 23 do referido mês, ficou aqui, considerado no exercício de sua Comissão, até Segunda Ordem. Por Decreto de 18 de setembro, comunicado em Ofício da Repartição de Ajudante General no 6120, de 21 do dito mês, foi nomeado para comandar a Escola de Aprendizes Artilheiros. Apresentou-se a 22 e entrou em exercício na mesma data. Por Decreto de 27 de outubro, foi a seu pedido, exonerado do Cargo de Comandante da referida Escola. Apresentou-se ao Corpo, a 12 de dezembro, data em que deixou o dito Comando. Por Portaria do Ministério da Guerra, de 24 de dezembro, foi nomeado para, como Chefe, exercer a Comissão de Engenharia, incumbida de constituir uma Linha Telegráfica e estrada de Rodagem, para CUIABÁ, conforme cientificou a Repartição de Ajudante General, em Ofício de 26 do mencionado mês. 1889 – Passou a exercer as funções de Inspetor da Colônia Militar de ITAPEVA, por Aviso do Ministro da Guerra, de 07 de janeiro, cumulativamente com o Cargo de Chefe da Comissão incumbida do estabelecimento de uma Linha Telegráfica para CUIABÁ, como fez público a Ordem do Dia do Exército no 2235, de 18 do referido mês. Por Decreto de 09 de fevereiro, de acordo com o Plano que baixou com o de no 10.015, de 18 de agosto de 1888, que reorganizou as Forças Arregimentadas do Exército, foi classificado neste Corpo, ao qual já pertencia, como fez público a Ordem do Dia do Exército no 2241, de 25 do mesmo mês de fevereiro. De uma Relação de Alterações, passada pela Comissão Militar, encarregada da construção da Linha Telegráfica para CUIABÁ, datada de 01 de fevereiro, do Acampamento no ALTO DA CRUZ, em UBERABA, Província de MINAS GERAIS, remetida pela Repartição de Ajudante General, em Ofício no 3563, de 15 de maio, consta o seguinte: seguiu da CORTE para a Província de SÃO PAULO, a 11, onde chegou na mesma data. Partiu de SÃO PAULO, a 15, para IPANEMA, com uma das Seções da Comissão, e reverteu a SÃO PAULO, a 16. Tendo-se-lhe apresentado a 17, o Contingente do Batalhão de Engenheiros, vindo da Província do RIO GRANDE DO SUL, formou com ele, mais duas Seções e seguiu com elas para CAMPINAS, a 20, onde chegou nesse mesmo dia. A 21, seguiu de CAMPINAS, para RIBEIRÃO PRETO. A 22, seguiu de RIBEIRÃO PRETO, para JAGUARA, Província de MINAS GERAIS. A 23, partiu com a Comissão em trem de lastro e acampou na PONTE ALTA, organizando ali os meios de transporte, e marchou com a Comissão a 26, acampando no mesmo dia no LAGEADO. A 27, marchou novamente e acampou com a Comissão, nesse mesmo dia, no ALTO DA CRUZ, em UBERABA, onde ficou organizando os transportes ainda precisos e fazendo contratos de postes. De outra Relação de Alterações da mesma Comissão, datada de 01 de março, do Acampamento do ATALHO, na Província de MINAS GERAIS, remetida pela Repartição de Ajudante General, em Ofício no 2117, de 29 do mencionado mês, consta o seguinte: Marchou a 08 com a Comissão e acampou com esta no lugar denominado CASSÚ; a 15, marchou de novo com a referida Comissão e acampou em ÁGUA-LIMPA; a 28, marchou ainda, indo acampar com a mesma Comissão, no lugar denominado ATALHO. Consta de uma outra Relação de Alterações, datada de 11 de maio, da mencionada Comissão, o seguinte: Marchou com a Comissão e acampou no Arroio TIJUCA; marchou a sete e acampou no DESPENHADEIRO DOS BURITÍS; marchou a 09 e acampou no CÓRREGO DOS BUGRES e a 10, no GENGIBRE, para onde marchou no mesmo dia, sempre com a Comissão. A 12, seguiu para UBERABA, em serviço da Comissão; a 16, para SÃO PAULO e a 20, para a CORTE. Por Decreto de 08 de junho, foi nomeado Presidente da Província de MATO GROSSO, conforme fez público a Ordem do Dia da Repartição de Ajudante General do Exército no 2266, de 28 de junho. Por Portaria do Ministério da Guerra, de 22, foi autorizado a fazer entrega do lugar de Chefe da Comissão encarregada da construção da Linha Telegráfica de UBERABA a CUIABÁ, ao Senhor Tenente Coronel Graduado FRANCISCO RAYMUNDO EWERTON QUADROS, como fez público a referida ORDEM DO DIA no 2266, de 28, tudo de junho. Por Decreto de 28, ainda de junho, foi nomeado Comandante das Armas da mencionada Província de MATO GROSSO, conforme publicou a Ordem do Exército no 2267, de 05 de julho. Apresentou-se ao Corpo, a 04 desse último mês, por ter de seguir para a citada Província. De uma Relação de Alterações, passada pela Comissão encarregada da construção da Linha Telegráfica de UBERABA a CUIABÁ, datada de 21 de julho, consta ter deixado o Cargo de Chefe da dita Comissão, a 02 daquele mês de julho. Por Decreto de 29 de novembro, foi exonerado do Cargo de Comandante das Armas do Estado de MATO GROSSO, como fez público a Ordem do Dia da Repartição de Ajudante General no 05, de 31 do mesmo mês. 1890 – Apresentou-se ao Corpo, a 20 de janeiro, vindo do Estado do MATO GROSSO e ficou adido a Repartição de Ajudante General, conforme as ordens em vigor. Por Decreto de 24 de março, foi condecorado, com o Oficialato da Ordem de Aviz, conforme publicou a Ordem do Dia da Repartição de Ajudante General no 74, de 18 de junho. Foi-lhe conferida a Medalha Argentina, comemorativa da Guerra contra o Ditador do PARAGUAI, em virtude do convênio firmado em 13 de maio de 1888 e conforme os Diplomas enviados à Repartição de Ajudante General, o que consta da Ordem do Dia da mesma Repartição no 78, de 28 de junho, e fez público outra Ordem do Dia da citada Repartição no 92, de 07 de agosto do corrente ano. Por Portaria de 11, do citado mês de agosto, foi nomeado para com os Tenentes Coronéis FIRMINO PIRES FERREIRA e ANTONIO FRANCISCO DUARTE, confeccionar um Projeto de Regulamento para a Escola de Sargentos, apresentado pelo Comando da Escola de Aprendizes Artilheiros, conforme publicou a Ordem do Dia da Repartição de Ajudante General no 95, de 20 do mesmo mês. Por Decreto de 04 de outubro, foi graduado no Posto de General de Brigada, conforme publicou o Diário Oficial de 05 do mesmo mês. Por Decreto de 06, ainda de outubro, foi-lhe concedida Reforma, de conformidade com o Artigo 4o do Decreto no 193-A, de 30 de janeiro do corrente ano, conforme publicou o Diário Oficial de 08 de outubro. 1890 – O Ministério da Guerra, em Portaria de 16 de outubro, manda agradecer a solicitude com que desempenhou a Comissão de que havia sido encarregado de organizar o projeto de Regulamento para a Escola de Sargentos, e declara que lamenta que este Oficial se houvesse reformado, deixando assim o Exército, na qual prestou relevantes serviços. Nada mais consta de seus Assentamentos. Em firmeza do que mandei passar a presente, que vai por mim assinada e selada com o Sinete deste Corpo. Comando Geral de Artilharia, em 14 de outubro de 1890. Eu ANTONIO FRANCISCO DUARTE – Tenente Coronel Secretário a subscrevi.


JOSÉ CLARINDO DE QUEIRÓZ
General e Divisão
Cabo SERAFIM DE SOUZA




Tenente ANTONIO JOSÉ DO AMARAL



ANTONIO JOSÉ DO AMARAL, filho de Francisco José do Amaral, natural do RIO DE JANEIRO, nasceu em 01 de julho de 1824.


OBSERVAÇÕES

Em 1842: Praça a 25 de março, contando antigüidade de 01 de março, de 1841, em que se matriculou na Escola Militar e a qual freqüentava como aluno do 1o ano, tendo sido aprovado plenamente nas matérias desse ano e também, nas do segundo ano. Em 1843: Nomeado Alferes Aluno a 11 de março. Foi aprovado plenamente em Física a 06, e no 3o ano daquela Escola a 22, tudo de novembro. Em 1844: Por Decreto de 14 de março, foi promovido ao posto de 2o Tenente para o 1o Batalhão de Artilharia, onde se achava adido. Foi aprovado plenamente em Direito, a 21 de novembro. Em 1845: Foi também, aprovado plenamente no 6o ano a 06, e em Química a 07 de outubro. Baixou ao Hospital a 09, teve alta a 14 do mesmo mês e ficou considerado doente no Quartel, pelo que deixou de expedicionar com o Batalhão, para PERNAMBUCO. A 26, ainda de outubro, casou-se com D. HENRIQUETA ADELAIDE COIMBRA, que acrescentou o apelido “DO AMARAL”, conforme a respectiva certidão passada pelo Coadjutor da Freguesia do Sacramento. Em 1846: Apresentou-se ao Batalhão, na BAHIA, a 20 de janeiro e ficou pronto. A 19 de fevereiro, regressou para o RIO DE JANEIRO, a fim de continuar a estudar na Escola Militar. Foi aprovado plenamente, em Geologia a 10, e no 4o ano a 11, tudo de novembro, e ficou com licença para matricular-se no 7o ano. Em 1847: Foi aprovado plenamente no referido 7o ano a 06 de novembro, e tomou o grau de Bacharel em Matemáticas, a 11 de dezembro. Em 1848: Ficou com licença em janeiro, para assistir aos exercícios práticos da dita Escola. Por Aviso de 29 de fevereiro, obteve, quatro meses de licença de fazer para tratar de saúde, onde lhe conviesse. Foi aprovado plenamente no 5o ano a 16 de março. Apresentou-se daquela licença, a 10 de julho e lhe foram concedidos mais três meses, sem vencimentos. Por Aviso de 01 de setembro, foi mandado considerar em diligência na Província do RIO DE JANEIRO, por haver sido requisitado pela respectiva Presidência, para ser empregado nos trabalhos que devia servir de base à organização da Carta Geográfica da mesma Província. Em 1849: Por Decreto de 27 de agosto foi promovido a 1o Tenente para o 3o Batalhão de Artilharia a Pé, continuando, porém, naquela Comissão, a qual finalizou a 4 de novembro. Em 07 do mesmo mês foi transferido para o 1o Batalhão. A 15, ainda de novembro, foi mandado dispensar das formaturas do Batalhão. Em 1850: Doente no Quartel a 26 de março e pronto a 09 de abril. A 06 de julho, destacou para a cidade de CAMPOS, na Província do RIO DE JANEIRO. Em 1851: A 02 de agosto, foi adido ao Batalhão de Depósito e passou a comandar a Bateria de Foguetes de Guerra, a 04 do dito mês. Achando-se com a mesma Bateria no PARANÁ, passou adido ao Corpo de Artilharia a Cavalo, na COLÔNIA DO SACRAMENTO, a 10 de novembro. Embarcou com a referida Bateria, para o RIO PARANÁ, a 16 de Dezembro, fazendo parte da Divisão Brasileira Auxiliadora do Exército Aliado, contra o Ditador D. JUAN MANOEL ROSAS. Em 1852: Assistiu a Batalha de 02 de fevereiro em MONTE CASEROS. Em 16 de março, apresentou-se ao 1o Batalhão, a que pertencia. Regressou com o Exército para o BRASIL, a 05 de abril. Por Decreto de 30 do mesmo mês, foi promovido a Capitão para a 3a Companhia do referido Batalhão. Chegou à Vila de JAGUARÃO a 04; seguiu para a cidade do RIO GRANDE a 13, onde chegou a 16; embarcou para o RIO DE JANEIRO, a 25, tudo de junho, e desembarcou a 02 de julho seguinte. A 02 de novembro ficou em diligência no CAMPINHO, a fim de fazer exercícios de foguetes de guerra. Em 1853: Em março, prestou exame prático da Arma de Artilharia e foi aprovado plenamente. A 04 de abril, na Freguesia de ICARAHY DE NITERÓI, fez batizar sua filha MARIA, nascida em 14 de março do ano anterior. Em 03 de novembro, recebeu a medalha da Campanha do Estado Oriental do URUGUAY. Em 1854: destacou para a Fortaleza de SANTA CRUZ a 02 de janeiro, e deixou esse serviço, a 06 de julho, sendo por essa ocasião, elogiado pelo Comando da mesma Fortaleza, por ter desempenhado, satisfatoriamente, o serviço que lhe foi confiado, mantendo a disciplina e boa ordem no Destacamento. Por Aviso de 28 do mesmo mês ficou em diligência no Arsenal de Guerra, às ordens do respectivo Diretor. Em 1855: Por outro Aviso de 04 de março foi nomeado Vice-Diretor do dito Arsenal. Por Decreto de 14 do mesmo mês, foi nomeado Cavaleiro da Ordem da Rosa, por serviços militares. Assumiu as funções de Ajudante do Arsenal a 10 de setembro. Por Aviso de 13 de outubro, foi nomeado Ajudante do Diretor da Escola Militar. Em 1856: Por outro Aviso de 15 de março, foi mandado seguir em diligência para a Província do RIO GRANDE DO SUL e foi nomeado Ajudante de Ordem do Presidente e Comandante das Armas da dita Província. Foi nomeado Engenheiro da Sessão do 1o Distrito da Repartição de Obras daquela Província e Secretário da mesma repartição, sendo elogiado pelo modo satisfatório, com que desempenhou a Comissão de que fôra encarregado de tirar apontamentos dos trabalhos que se estarão construindo na Estrada Geral, entre a mesma Província e a cidade de LAGUNA. Em 1857: Em 12 de janeiro foi nomeado pelo Presidente e Comandante das Armas, Membro da Comissão de Exames Práticos da Arma de Artilharia. Por Aviso de 06 de maio foi nomeado para servir às ordens do Ministério da Guerra, sendo elogiado por aquela autoridade, em Ordem do Dia de 02 de junho, como digno de toda a confiança pelo seu caráter e recomendável merecimento profissional, tendo desempenhado com zelo e dedicação as Comissões de que fôra incumbido. Em 1858: Pela Ordem do Dia do Exército no 53, de 20 de março, foi nomeado Ajudante do Diretor da Escola Militar e de Aplicação, continuando porém, naquela Comissão, às ordens do Ministério da Guerra, até que dela foi exonerado por Aviso de 11 de dezembro. Em 1859: Por outro Aviso, de 09 de abril, foi exonerado do cargo de Ajudante da Escola, sendo, pelo respectivo Comandante, elogiado pelo bem que desempenhou o cargo, procedendo, sempre, com a circunspeção de caráter, inteligência e dedicação de que é reconhecidamente dotado. Por Aviso de 16 de maio, foi nomeado para exercer o lugar Opositor Interino da 1a Cadeira do Curso da referida Escola Militar. Em 1860: Por Aviso de 22 de junho foi mandado elogiar pela prova que manifestou de zelo pelo serviço, oferecendo ao Governo um manuscrito, com seu sistema de instrução, manobras para as Baterias de Campanha para uso dos foguetes de guerra. Por outro Aviso de 23 do dito mês, foi nomeado Bibliotecário da Escola Militar. Em 1861: Em Aviso de 19 de janeiro, foi mandado louvar e agradecer pela oferta que fez ao Governo, de umas memórias sobre exercícios de foguetes de guerra e sobre nomenclatura explicada de Artilharia que foram adotadas para o ensino daquela escola. Pela Ordem do Dia do Exército no 243, de 19 de fevereiro, passou a exercer acumulativamente as funções de Repetidor Interino da 1a Cadeira do 1o ano. Por Decreto de 12 de junho, foi nomeado Cavaleiro da Ordem de São Bento de Aviz. Por Aviso de 01 de julho foi mandado louvar pelo zelo com que se empregou na metodização do ensino das especialidades da arma a que pertence. Por Decreto de 05 de outubro, foi nomeado Repetidor Efetivo da Escola Militar. Em 1862: Por decreto de 12 de julho, foi transferido do 1o Batalhão de Artilharia, para a 8a Companhia do 3o, continuando, porém, naquela comissão. Em 1863: Sem alteração. Em 1864: Em 03 de julho, na Freguesia de SÃO JOÃO BATISTA DA LAGÔA, fez batizar sua filha ALICE, nascida em 11 de outubro do ano anterior. Em 1865: Por Aviso de 13 de maio foi nomeado para servir no Gabinete do Ministério da Guerra, exercendo ao mesmo tempo, as funções de Ajudante de Ordens. No exercício desses cargos, expedicionou para o Exército em Operações no RIO GRANDE DO SUL, com o Ministro da Guerra, a 02 de setembro, regressando ao RIO DE JANEIRO, depois da rendição da Vila de URUGUAIANA, fato que teve lugar a 28 do mesmo mês. Por Decreto de 18 de novembro, foi transferido para o Estado Maior de Artilharia. Em 1866: Por decreto de 22 de janeiro, foi promovido ao Posto de Major, por antigüidade, para o mesmo Estado Maior. Por outro Decreto de 28 de agosto, foi nomeado Oficial da Ordem da Rosa, pelos serviços prestados em relação a Guerra do PARAGUAY. Por Aviso de 10 de outubro, foi louvado pelo zelo, inteligência e dedicação com que se houve no exercício de Ajudante de Ordem e Oficial de Gabinete. Em 1867: Por Resolução de 24 de junho, conta o tempo decorrido de 18 de maio de 1859, em que entrou no exercício de Opositor Interino, até 05 de abril de 1861, data de sua nomeação para Repetidor Efetivo e também a percepção do meio soldo de sua Patente, por estar compreendido nas disposições da Resolução de 15 de maio de 1867. Em Ordem do Dia do Exército no 564, de 02 de agosto, foi-lhe agradecido a prova de desinteresse e patriotismo, oferecendo o meio soldo de sua Patente, para auxiliar as despesas da Guerra. Em 1868: Por Aviso de 15 de julho, foi nomeado membro da Comissão Revisora da Legislação Militar e Adjunto da de Melhoramentos do Material do Exército. Em 1869: Sem alteração. Em 1870: Por Aviso de 17 de junho, foi aprovada a proposta para Repetidor e Reger a 1a Cadeira do 2o ano da Escola Militar. Em 1871: Por Aviso de 11 de setembro foi nomeado Secretário da Comissão de Exame de Legislação. Por Decreto de 27 de outubro, foi promovido ao Posto de Tenente Coronel Graduado, na conformidade do Artigo 11, parágrafo 2o da Lei no 585, de 06 de setembro de 1850. Por Decreto de 22 de novembro, foi nomeado Lente da 1a Cadeira do 2o ano da Escola Militar. Em 1872: Por Portaria de 02 de janeiro foi exonerado, a seu pedido, do Cargo de Bibliotecário. Por outra Portaria de 17 de agosto, foi nomeado membro efetivo da Comissão de Melhoramentos. Em 1873: Por Decreto de 11 de junho, foi promovido a Tenente Coronel efetivo, para o Estado Maior de Artilharia, a que pertencia. Em 1974 a 1877: Sem alteração. Em 1878: Com a extinção da Comissão de Melhoramentos, apresentou-se a 17 de maio, continuando no lugar de Lente Catedrático da Escola Militar, que exercia acumulativamente. Pelo Presidente daquela Comissão, em Ofício de 29 de abril, foi louvado e agradecido pelo importante auxílio que prestou com constante dedicação e inexcedível zelo, durante o longo tempo que exerceu o Cargo de Secretário da Comissão. Em 1879: Por Aviso de 18 de janeiro, foi nomeado Secretário da Escola Militar, cargo que deixou por ter sido nomeado Comandante do Batalhão de Engenheiros, por Portaria de 12 de maio. Pelo Comando da Escola, em Ordem do Dia de 16 do dito mês, foi declarado felicitar-se com aquele Batalhão, por passar a ser comandado por uma das maiores ilustrações do Exército, por um Chefe, cujo caráter íntegro, concorrerá para a felicidade dessa Corporação briosa, pelos dotes excelentes de seu bondoso coração, pelas luzes de sua vasta inteligência, vai transmitir aos seus comandados, tornando-os com vantagem conhecedores da prática de seus serviços especiais, como com a maior sabedoria, tem ensinado teoricamente a tantos militares distintos e altamente colocados; e agradece-lhe a lealdade de seus conselhos, o interesse, prosperidade do estabelecimento e do ensino, o incansável zelo e dedicação pelo adiantamento e certeza da escrituração de seu cargo. A 14 de junho, foi nomeado para servir provisoriamente de 2o Comandante da dita Escola, continuando no do Batalhão. Em outra Ordem do Dia de 08 de julho, do Comando da Escola, foi ainda mandado agradecer pela valiosa cooperação que, com tanta lealdade, prestou ao dito Comando, não só como Comandante do Batalhão, mas como 2o Comandante da referida escola. Por outra Ordem do Dia, de 13 de outubro, foi dispensado do cargo de 2o Comandante da Escola, constando haver desempenhado-o com muita inteligência, tornando-se, por isso, digno dos maiores elogios. Por Portaria de 15 de novembro, foi nomeado Oficial de Gabinete do Ministério da Guerra, pelo que deixou o Comando do Batalhão de Engenheiros. Pela Resolução de Consulta do Conselho de Estado, de 27 de dezembro, foi reconhecido o seu direito a jubilação, com todos os vencimentos, não obstante permitiu-lhe continuar no Magistério, lecionando a 1a Cadeira do 2o ano da Escola Militar, nos termos dos Artigos 235 e 236 do Regulamento de 17 de janeiro de 1874 e conceder-lhe também, o Título de Conselheiro. Em 1880: Deixou o cargo de Oficial de Gabinete a 21 de abril, sendo elogiado em Aviso, pelo zelo, lealdade e inteligência, com que exerceu o referido cargo. Assumiu o Comando do Batalhão de Engenheiros. Por Portaria de 14 de junho, foi nomeado Comandante do Corpo de Alunos, criado ultimamente e dispensa-o daquele Comando. Por Decreto de 25 de julho, foi promovido ao Posto de Coronel, por merecimento. Em Aviso de 02 do dito mês, foi mandado elogiar pelo Ministro da Guerra, pelo zelo, com que cumpre os seus deveres manifestado no asseio e regularidade em que o mesmo Senhor Ministro encontrou o Batalhão de Engenheiros. Em 1881: Por Portaria de 12 de março, foi nomeado Oficial de Gabinete do Ministério da Guerra. Em Aviso do Ministério da Marinha, de 29 de janeiro manifestou, o Senhor Ministro, agradecimentos pelos relevantes serviços prestado no exame do Concurso para preenchimento da Cadeira de Química da Escola da Marinha. Por Portaria de 14 de maio, o Senhor Ministro da Guerra, ao deixar esse cargo, foi louvado pelo eficaz auxílio que lhe prestou como Oficial de Gabinete, em cujo cargo continuou com o novo Ministro, em virtude da Portaria de 15 do dito mês. Em 1882: Por Portaria de 21 de janeiro, lhe foi concedida dispensa, conforme pediu, do referido cargo, regressando ao Comando do Corpo de Alunos e a lecionar a 2a Cadeira do 2o ano do Curso Superior da Escola Militar, sendo mandado louvar pelo Senhor Ministro, pelo zelo, inteligência e dedicação com que desempenhou o dito lugar. Em 1883: Sem alteração. Em 1884: Por Portaria de 24 de janeiro, foi nomeado para, como Presidente de uma Comissão, rever as tabelas e regulamentos em vigor e propor o que achar mais justo e eqüitativo, de modo a fazer desaparecer as dúvidas que freqüentemente se suscitam, e firmar, tanto quanto foi possível, o princípio de igualdade no abono das vantagens aos Oficiais do Exército. Em Ordem do Dia do Comando da Escola, de 11 de agosto, foi mandado louvar pelo procedimento, zelo e dedicação com que sempre prestou-se, quer no último exercício de Batalhão, quer em outros diferentes serviços durante o tempo do acampamento no REALENGO. Em 1886: Sem alteração. Em 1887: Em Portaria de 29 de janeiro, foi, a seu pedido, exonerado do Comando do Corpo de Alunos, o qual deixou a 01 de fevereiro, em que foi louvado em Ordem do Dia do Comando da Escola, pelos exemplos de disciplina, ordem e bom arranjo do Corpo sob seu Comando e também pelo auxílio que prestou àquele Comandante, em todos os ramos da Administração. Ficou adido à Repartição de Ajudante General, declarando haver pedido sua jubilação. Por Decreto de 19 do mesmo mês de fevereiro, concedeu-se-lhe aquela jubilação, com todos os vencimentos e mais a terça parte do ordenado como Lente Catedrático da Escola Militar, visto constar mais de 30 anos de Magistério, cujo Comandante, em sua Ordem do Dia de 25, lamenta tão sensível perda que acaba de sofrer a Escola, com a retirada de tão provecto e ilustre Lente. A 24 de setembro, apresentou certidão de óbito, de sua filha ALICE. Em 1888: A, 14 de março, assumiu interinamente o Comando Geral de Artilharia. Por Portaria de 18 do mesmo mês, foi nomeado para continuar a Inspeção do Laboratório do Campinho. A 05 de abril, deixou aquele Comando. Por Decreto de 25 do dito mês, foi promovido ao Posto de Brigadeiro Graduado. Por Portaria de 28 de maio, foi nomeado para inspecionar a Escola de Aprendizes Artilheiros e Fortaleza de São João. Em 1889: Por Portaria de 10 de agosto, foi nomeado Comandante da 2a Brigada do Exército, deixando-o a 04 de novembro e assumiu o cargo de Quartel Mestre General, para que foi nomeado, por Decreto de 02. Por Decreto de 13 de dezembro, foi transferido para a Segunda Classe do Exército, ficando agregado à Arma de Artilharia. Em 1890: Foi reformado por Decreto de 03 de fevereiro, de conformidade com o Artigo 6o do de no 193A, de 30 de janeiro, no Posto de Marechal de Campo, com o respectivo soldo e mais 15 quotas da gratificação adicional. Em 1891: Por Portaria de 29 de agosto, foi nomeado Presidente da Comissão encarregada e examinar os Regulamentos de todos os Estabelecimentos Militares e, neles, mostrar as disposições que os afastam as sujeição do Ajudante General e Quartel Mestre General. Em 1892: Passou a ser considerado Tenente General Graduado, em vista do Decreto no 29, de 09 de janeiro, visto contar mais de 40 anos de serviço. Em 18 de junho ultimou os trabalhos daquela Comissão. Faleceu nesta Capital, em 02 de julho seguinte.

Em 12 de agosto de 1892.


O General de Brigada JOÃO ANTONIO d’AVILA
Chefe da Seção


NB:
· A vista desta Fé-de-Ofício, foram inutilizadas as que estavam no Arquivo, já antigas e sem valor atualmente.
· Em 14 Ago 92, passou-se uma Fé-de-Ofício a requerimento do Tenente Coronel F. FRANCISCO BARRETO, Promotor da Irmandade da Cruz e organizada pela Fé-de-Ofício passada pelo Comando Geral de Artilharia em 13 de março de 1890 e que se acha no Conselho Supremo Militar.

Tenente AFRÍSIO FIALHO



FRANCISCO EGYDIO MOREIRA DE SÃO PEDRO, Oficial da Ordem da Rosa, Cavaleiro da de São Bento de Aviz, Coronel do Corpo do Estado Maior de Segunda Classe, Chefe da Seção da Repartição de Ajudante General.


Certifico que o Oficial abaixo declarado, tem no Arquivo desta Repartição os Assentamentos do teor seguinte:

ANFRISIO FIALHO, filho de Francisco José Fialho, natural da Província do PIAUHY, nasceu em 14 de abril de 1839, cabelos pretos, olhos pretos, sem ofício, solteiro, com 62 polegadas de altura. De uma Certidão passada pelo Batalhão de Engenheiros consta o seguinte: Juramento em 26 de outubro de 1858. Sendo do 1o Batalhão de Artilharia a Pé, fez passagem para o de Engenheiros, em virtude do Ofício do Quartel General do Exército de 12, comunicado em Portaria da Diretoria da Escola Militar e de Aplicação de 13, tudo de novembro de 1858, e da Guia que o acompanhou consta, além da filiação, o seguinte: Assentou Praça voluntário e jurou Bandeira a 26 de outubro de 1858, com o Prêmio de cem mil réis, na forma da Lei, em virtude do Ofício do Quartel General do Exército, de 21 e ficou dispensado do serviço para estudar o Curso de sua Arma na Escola Militar e de Aplicação. Em virtude do Ofício de 12, fez passagem para o Batalhão de Engenheiros a 13, tudo de novembro do dito ano. 1859: Passou a efetivo como trabalhador a 19 de março; foi promovido a Cabo de Esquadra a 25 de novembro; foi promovido a Furriel ao 01 de dezembro, e a 2o Sargento a 16, ainda de dezembro. 1860: Passou a pertencer a 2a Companhia de Alunos a 04, por se ter matriculado na Aula Preparatória de Matemáticas Elementares da Escola Militar e de Aplicação, em virtude da Ordem do Dia da Diretoria da mesma Escola no 09, também de 04, tudo de fevereiro. Foi promovido a 1o Sargento a 10 de maio. Foi promovido a 2o Tenente e classificado no 1o Batalhão de Artilharia a Pé, em virtude do Decreto de 02, publicado na Ordem do Dia do Exército no 225, de 18, e na do Comando da Escola Militar, no 133, de 21, tudo de dezembro, pelo que foi desligado do Batalhão. Do Primeiro Livro Mestre de Alunos consta as seguintes observações: sendo do Batalhão de Engenheiros, ficou pertencendo à Companhia de Alunos a 04 de fevereiro, por se ter matriculado na Aula preparatória de Matemáticas Elementares da Escola Militar e de Aplicação, como fez público na Ordem do Dia da Diretoria da mesma Escola no 09, daquela data. Foi nomeado para servir de Inferior da Companhia de Alunos a 31, em virtude da Ordem do Dia do Comando da Escola Militar no 90, tudo de agosto. Foi aprovado plenamente na Aula Preparatória de Matemáticas da Escola Militar, classificado com grau oito e habilitado em desenho com grau quatro, como consta da Relação dos Exames deste ano, que acompanhou a Portaria do Comando da mesma Escola, de 28 de dezembro. 1861: Foi desligado a 04 de janeiro, em virtude da Ordem do Dia do Comando da Escola Militar no 01, daquela data, por ter concluído os Exercícios Práticos da dita Escola, no ano de 1860. 1862 e 1863: Esteve na Escola Central. 1864: Pela Ordem do Dia do Comando da Escola Militar no 06, de 11 de janeiro, foi declarado ter-se matriculado no 3o ano da mesma Escola. Foi preso por dois dias no Estado Maior, à ordem do Excelentíssimo Senhor Brigadeiro Comandante da Escola Militar, por ter sido encontrado pelo mesmo Excelentíssimo Senhor na Enfermaria, conversando com um aluno que se achava gravemente enfermo, com infração das ordens existentes, quanto à entrada na mesma Enfermaria, como tudo se fez público em Ordem do Dia do Comando da Escola Militar no 67, de 12 de agosto. Foi aprovado plenamente na 2a Cadeira do 3o ano da Escola Militar, como declarou a Ordem do Dia do Comando da Escola no 92, de 25 de novembro. Pela Ordem do Dia do Comando da Escola Militar no 97, de 13 de dezembro, foi desligado da 1a Companhia de Alunos, por ter concluído os seus estudos na referida Escola. Em virtude da mesma Ordem do Dia, do Comando da Escola Militar, ficou adido a 1a Companhia do Batalhão de Engenheiros, no mesmo dia 13, por ter de marchar para o Sul, com um Contingente do Batalhão. Por ordem superior, seguiu para o Sul a 22 do mesmo mês, embarcando no Vapor OYAPOCK, com destino ao Exército em Operações no Estado Oriental; chegou ao Porto de MONTEVIDEU a 31 do dito mês, passando por ordem do Comandante da Brigada Expedicionária, a fazer parte da mesma Brigada, em virtude da Ordem do Dia no 01, do Comando dela; foi transferido para bordo da CORVETA BAHIANA, que bloqueava o Porto daquela cidade, a fim de reforçar a sua guarnição, tudo no referido dia 31. 1865: Desembarcou, por ordem de Sua Excelência o Senhor Vice-Almirante Barão de Tamandaré, a fim de reunir-se ao Exército, acampado junto à Barra de SANTA LUZIA, a 29 de janeiro. Em virtude da Lembrança do Quartel General do Comando em Chefe do Exército, de 02, ficou considerado encostado às Baterias de Artilharia a Cavalo; marchou com o Exército até a Vila da UNIÃO, no Estado Oriental; assistiu ao cerco e capitulação da Praça de MONTEVIDEU e ao Convênio de 20; marchou para o Cerro a 25, e por Decreto de 18, publicado em Ordem do Dia do Ministério da Guerra no 436, de 22, tudo de fevereiro, foi promovido ao Posto de 1o Tenente para a Arma de Artilharia, o que foi publicado no Exército, ao 01 de março. Pela Ordem do Dia do Ministério da Guerra no 437, de 02 do dito mês de março, foi classificado no Corpo de Artilharia do AMAZONAS. Pela Ordem do Dia do mesmo Ministério no 443, de 21 de abril, foi transferido para o 1o Batalhão de Artilharia a Pé; embarcou no Vapor Princesa, com destino a SÃO FRANCISCO DO URUGUAY a 26, e desembarcou aí a 30, tudo do dito mês. Embarcou no Vapor Presidente com destino ao DAYMAN a 19, onde desembarcou a 21, tudo de junho e reuniu-se ao Batalhão de Engenheiros, na mesma data. Por Ordem do Comando em Chefe do Exército em Detalhe de 03 para 04 de julho, foi desligado deste Batalhão, no mesmo dia, a fim de recolher-se ao Corpo a que pertence. Sendo do 1o Batalhão de Artilharia a Pé, adido ao Contingente do Batalhão de Engenheiros, foi nomeado para instruir na esgrima de baioneta aos zuavos Bahianos, sem prejuízo do serviço do mesmo Contingente, conforme consta da Ordem do Dia do Comando em Chefe do Exército em Operações na República do PARAGUAY no 35, de 12 de junho. De uma Certidão passada pelo 1o Regimento de Artilharia a Cavalo, consta o seguinte: 1866: Sendo 1o Tenente do 1o Batalhão de Artilharia a Pé, foi adido a este Regimento, a 28 de fevereiro, por ter sido, por Lembrança do Quartel General do Comando em Chefe da mesma data, nomeado Comandante da Bateria de Voluntários Alemães, assumindo o dito Comando na mesma data, no acampamento junto à LAGÔA-BRAVA, na Província de CORRIENTES, do Estado Argentino, achando-se o Exército em marcha contra o Ditador do PARAGUAY; chegou à margem esquerda do PARANÁ, no Passo do ITAPIRÚ à 31 de março, e acampou com o Regimento em frente ao inimigo. Foi promovido à Capitão para a 1a Companhia do 3o Batalhão de Artilharia à Pé, por Decreto de 03 de março. Transpôs o mesmo PARANÁ, com a Bateria, a 18 de abril. acima do Forte de ITAPIRÚ, incorporando-se ao Regimento a 19; a 24, passou com o mesmo pelas fortificações do PASSO DA PÁTRIA, abandonadas pelo inimigo, e acampou junto às mesmas; assistiu ao combate do dia 02 de maio nessa posição, dada pelo inimigo; a 20, marchou com o Regimento na Vanguarda do Exército Aliado, tomando posição em frente das trincheiras inimigas, combateu e desalojou-o de suas posições, na extensão de quase duas léguas; ocupou diversas posições, sempre batendo o inimigo; acampou em ROJAS, com o Exército Oriental, que formou a Vanguarda nesta posição; assistiu ao reconhecimento feito em 22 ao inimigo, na Vanguarda do Exército, e a 24 tomou parte na grande Batalha dada pelo inimigo, combatendo-o com vivo fogo durante toda a ação. Marchou com a Bateria, a reunir-se a 3a Divisão do Exército e assistiu aos Combates de Artilharia, dos dias 14, 18 e 19, tudo de junho; assistiu aos combates de 16 e 18; marchou neste último com a Bateria para a frente, à disposição do General Comandante da Vanguarda, onde combateu o inimigo com vivo fogo até o final da ação, recolhendo-se ao Regimento no dia 23, tudo de julho. Foi mencionado na Ordem do Dia do Comando em Chefe do Exército no 159, de 02 de junho, por se haver distinguido no combate de 24 de maio, e pela de no 11, de 19 de novembro, foi elogiado pelo combate de 18 do dito mês. 1867: Sem novidade. 1868: Foi nomeado Major em Comissão, pela Ordem do Dia do Comando em Chefe no 213, de 10 de maio; foi desligado a 18, por ter a Bateria de seu Comando, passado a pertencer ao 4o Corpo Provisório de Artilharia, em sua organização, como publicou na Ordem do Dia Regimental no 48, da mesma data, sendo na referida Ordem do Dia, elogiado pelo Comando do Regimento, por ter, no cumprimento de seus deveres, na qualidade de Comandante de Bateria, ministrado ao mesmo Comando a maior coadjuvação, para a regular marcha do serviço geral do Regimento, manifestando o mesmo comandante, o maior pesar, por separar-se de um Oficial ilustre e bravo, que saudosas recordações, deixa no 1o Regimento de Artilharia a Cavalo, o que, há mais de dois anos, no Comando da Bateria de Voluntários Alemães, tem partilhado com o Regimento, em seus movimentos, os trabalhos, perigos e privações de guerra. Da Ordem do Dia do Comando em Chefe do Exército no 211, de 06 de maio, consta ter sido mencionado com louvor pelo combate de 02 do dito mês, no Chaco de HUMAYTÁ, no qual, foi gravemente ferido e pela de no 216, de 21 do dito mês, obteve dois meses de Licença para tratar-se no BRASIL, do ferimento recebido em combate. Da Ordem do Dia da Repartição do Ajudante General no 652, de 27 de novembro, consta o seguinte: Apresentou os Diplomas, pelos quais lhe foram conferidas as seguintes condecorações: de Cavaleiro da Ordem de Cristo, por Decreto, de 17 de outubro de 1866, pelos serviços prestados nos combates de 16 e 17 de abril, 02 e 24 de maio, do dito ano; de Cavaleiro da Ordem da Rosa, por Decreto de 13 de abril, de 1867, pelos serviços prestados nos combates de 16 e 18 de junho de 1866; de Oficial da mesma Ordem, por Decreto de 11 de abril de 1868, pelos serviços prestados no combate de 31 de julho de 1867, sendo os referidos Diplomas datados de 17 de outubro de 1866, de 31 de julho de 1867 e de 27 de janeiro de 1868. 1869: Pela Ordem do Dia do Comando em Chefe do Exército no 05, de 28 de fevereiro, obteve dois meses de Licença em prorrogação, para tratar-se do ferimento. Pela de no 13, de 10 de abril, foi nomeado para a Comissão criada para proceder à venda dos produtos daquele País, que não fossem reclamados pelo Tribunal competente, e pela de no 18, de 10 de junho, foi nomeado para servir na Comissão de Engenheiros. Como Membro dessa Comissão, dirigiu os trabalhos da construção de Baterias, contra o entrincheiramento de PERIBEBUHY; foi também incumbido de abrir uma Picada pela esquerda, a fim de flanquear o inimigo, sendo digno de louvor, pela presteza e tino com que desempenhou esta tarefa. Assistiu ao assalto das fortificações de PERIBEBUHY, a 12 de agosto. Tendo sido incumbido de continuar o levantamento a percorrer pelo Exército, organizou e apresentou o resumo do itinerário de marcha do Exército de PIRAJÚ a CARAGUATAHY. 1870: Pela Ordem do Dia no 44, de 14 de maior, obteve quatro meses de Licença, para esperar na Corte a concessão de sua Reforma, que vai solicitar do Governo; pela Ordem do Dia da Repartição de Ajudante General no 738, de 19 de outubro, foi-lhe concedida por Decreto de 12, a demissão que pediu do serviço do Exército. 1873: Pela Ordem do Dia no 958, de 20 de agosto foi-lhe concedido, por Decreto de 10 de julho, as honras do Posto de Major do Exército, de conformidade com a Imperial Resolução de 02 do dito mês, tomada sobre consulta do Conselho Supremo Militar, em atenção aos relevantes serviços que prestou durante a Guerra do PARAGUAY. 1875: Pela Ordem do Dia no 1.111, de 28 de fevereiro, foi-lhe conferida a Medalha Geral da Campanha do PARAGUAY, com o passador de ouro número cinco e Diploma de 12 de dezembro de 1874. HOSPITAL: Baixa a 21 de novembro, alta a 05 de dezembro de 1858; baixa a 13 de março, alta a 03 de abril; baixa a 01 de junho, alta a 19; baixa a 29 de julho, alta a 24 de agosto; baixa a 09 de setembro, alta a 16 de outubro, tudo de 1859; baixa a 30 de março, alta a 04 de abril; baixa a 19 de julho, alta a 20, tudo de 1860; baixa a 09, alta a 16 de maio; baixa a 15, alta a 27 de agosto, tudo de 1864. Nada mais consta que lhe seja relativo. – Segunda Seção – Repartição de Ajudante General, em 04 de maio de 1883.

FRANCISCO EGYDIO MOREIRA
Coronel Chefe da Seção

NOTA:
· Doutor em Ciências Políticas e Administrativas pela Universidade de BRUXELAS.
· Teve permissão para residir na Província de PERNAMBUCO.

Tenente JUSTINO DA SILVEIRA


DOMINGOS ALVES BARRETO LEITE, Tenente Coronel Comandante do Segundo Batalhão de Infantaria


Em cumprimento ao despacho de Sua Excelência o Senhor Marechal Barão de São Borja, Comandante das Armas desta Província de dezoito de fevereiro último, exarado no requerimento do Tenente reformado do Exército, JUSTINO DA SILVEIRA, Certifico que esse Oficial tem neste Batalhão, os Assentamentos do teor seguinte:

OITAVA COMPANHIA
JUSTINO DA SILVEIRA, sendo Alferes da Arma de Infantaria, em virtude da Ordem do Dia da Secretaria de Estado dos Negócios da Guerra no 499, de 03 de fevereiro de 1866, foi classificado neste Batalhão, onde pela Ordem Regimental no 08, de 02 de março, foi mandado incluir na 8a Companhia e ficou considerado não apresentado. Por Lembrança do Batalhão, de 15 de agosto, ficou considerado adido ao 1o Regimento de Artilharia a Cavalo, tudo em 1866. Foi nomeado Tenente em Comissão, por sua Excelência, o Senhor General MARQUÊS DE CAXIAS, em sua Ordem do Dia no 465, de 15 de abril, segundo foi público na Ordem do Dia do Batalhão no 29, de 13. Recolheu-se ao Batalhão de adido ao 1o Regimento a 22, e pela Lembrança do Quartel General do 1o Corpo de Exército, foi mandado servir adido ao mesmo Regimento, a 29. Por Lembrança do Comando em Chefe, de 01 de dezembro, foi promovido a Tenente efetivo, por atos de bravura, com antigüidade de 18 de agosto e por Lembrança de 14 do mesmo mês, foi excluído do estado efetivo desta Batalhão, tudo em 1869. Pela Ordem do Dia da Secretaria da Guerra no 760, de 31 de março de 1871, foi transferido da Companhia da Província de SERGIPE, para este Batalhão, onde foi incluído no estado efetivo da 7a Companhia, como fez público a Ordem do Dia do Batalhão no 23, de 12 de maio e ficou considerado não apresentado; foi mandado considerar em SÃO GABRIEL, aguardando decisão do Governo, pela Ordem do Dia do Comando das Armas no 60, de 20 de março de 1871. Por Imperial e Imediata Resolução de 20 de julho de 1870, tomada sob Consulta do Conselho Supremo Militar, passou a agregado à Arma, como fez público o Decreto de 19 de setembro, referido na Ordem do Dia no 983 de 19 de novembro, da Repartição de Ajudante General, pelo que foi excluído do estado efetivo do Batalhão e da Companhia, como publicou a Ordem Regimental no 416, de 12 de dezembro, tudo de 1873. De uma Fé de Ofício passada pelo 1o Regimento de Artilharia a Cavalo, datada de 17 de novembro de 1873, consta o seguinte: PRIMEIRA BATERIA – Tenente adido, JUSTINO DA SILVEIRA, filho de JOSÉ ANTONIO, natural da Vila de PIRATINY, Província do Rio Grande do Sul, nasceu em 1821, altura sessenta e duas e meia polegadas, cabelos castanhos crespos, olhos pardos, ofício nenhum, estado solteiro, assentou Praça recrutado e jurou Bandeira a 25 de janeiro de 1848. 2o Tenente por antigüidade, por Decreto de 02 de dezembro de 1856. Tenente por atos de bravura, a 18 de agosto de 1869, aprovado por Decreto de 31 de outubro do mesmo ano. OBSERVAÇÕES: Sendo Soldado Condutor, passou a Anspeçada, ao 01 de maio de 1848; a Cabo de Esquadra, ao 01 de agosto do mesmo ano; a Furriel, ao 01 de agosto de 1849 e 2o Sargento, ao 01 de abril de 1850. Marchou para Campanha do Estado Oriental, a 02 de agosto de 1851; embarcou na COLÔNIA DO SACRAMENTO, a 16 de dezembro do mesmo ano e a 29 deste mês, desembarcou no ESPINILHO, Província de SANTA FÉ, e fez parte da Divisão Auxiliadora do Grande Exército Sul da América, contra o ex-Ditador de BUENOS AYRES, Dom JUAN MANOEL DE ROSAS. Assistiu a Batalha do dia 03 de fevereiro de 1852, em MONTE CASEROS, junto à Povoação de MORON. Embarcou de BUENOS AYRES para MONTEVIDÉO, no dia 02 de março e desembarcou no CERRO, a 04 do mesmo mês. Marchou para esta Província (RIO GRANDE DO SUL) a 05 de abril, onde chegou a 04 de junho, tudo do dito ano de 1852. Promovido a 1o Sargento, a 01 de maio de 1854. Foi aprovado plenamente no Exame Prático de Artilharia, como se vê na Ordem Regimental no 60, de 18 de abril de 1856; passou a empregado na exploração do Rio VACACAHY, a 01 de dezembro do mesmo ano. Tendo sido promovido a 2o Tenente, foi por Aviso do Ministério da Guerra, de 10 e 16 do dito mês de dezembro, publicado na Ordem do Dia do Comando das Armas desta Província no 55, de 02 de janeiro de 1857, classificado neste Regimento. Apresentou-se do emprego em que se achava, a 14 de junho do mesmo ano. Passou a Comandar a 6a Bateria, a 10 de fevereiro de 1859 e a doente no Quartel, a 14 do mesmo mês; pronto a 06 de março e na mesma data assumiu o Comando da dita Bateria, cujo exercício, deixou a 20 de abril. Seguiu para PORTO ALEGRE, a fim de conduzir numerário para a Pagadoria Central, a 25 de outubro; recolheu-se a 25 de novembro e passou a Comandar a 4a Bateria. Eleito Agente do Conselho Econômico a 24 de dezembro, tudo do dito ano de 1859; pronto a 11 de julho de 1860; passou a Comandar a 5a Bateria a 22 de novembro e a doente no Quartel a 28 de dezembro, tudo do mesmo ano, por sofrer de Darthros Siphilíticos; inspecionado de saúde a 23 de abril de 1861, julgado sofrer de Darthros Siphilíticos e precisar de um mês para seu tratamento, o que consta da Ordem do Dia do Comando das Armas no 42; novamente inspecionado ao 01 de junho e julgado sofrer da citada moléstia, conforme fez público a Ordem do Dia do Comando das Armas no 46, de 24, também de junho. Achando-se doente no Quartel, apresentou-se para o serviço a 03 de setembro e na mesma data assumiu o Comando da 3a Bateria, cujo exercício deixou a 03 de dezembro, tudo do dito ano de 1861, por ter nesta data passado a Comandar a 6a BATERIA; pronto a 01 de março de 1862 e a 29 de dezembro de 1863 foi eleito Agente do Conselho Econômico; pronto a 07 de julho de 1864. Marchou de SÃO GABRIEL, a 18 de outubro e chegou ao PIRAHY-GRANDE, onde se organizava o Exército de Operações ao Sul do Império, a 30 do mesmo mês; atravessou a linha divisória do BRASIL com a República Oriental do URUGUAI, ao 01 de dezembro, tudo do dito ano de 1864; chegou a PAYSANDÚ, no dia 29 e tomou parte nos combates de 31, tudo do dito mês de dezembro, 01 e 02 de janeiro de 1865, até a final rendição de PAYSANDÚ. Está compreendido no elogio feito pelo Excelentíssimo Senhor General em Chefe, em Ordem do Dia do mesmo Comando no 17, de 07 de janeiro de 1865, pela maneira distinta porque se portou no dito Combate. Passou a Comandar a 3a Bateria, a 22 de abril e a pronto a 16 de junho, tudo do dito ano de 1865. Por Decreto de 13 de janeiro de 1866, foi transferido para a Arma de Infantaria e pela Ordem do Dia da Secretaria do Estado dos Negócios da Guerra no 499, de 05 de fevereiro, classificado no 12o Batalhão de Infantaria, continuando adido ao Regimento. Em marcha no Estado Argentino com o Exército de Operações contra o Ditador do PARAGUAY, chegou à margem esquerda do Rio PARANÁ, no Passo ITAPIRÚ, a 31 de março; transpôs o dito Rio, desembarcando no território paraguaio a 18 de abril e incorporou-se ao Regimento a 24 do mesmo mês. Tomou parte no Combate do dia 02 de maio, no de 20 no ESTERO BELLACO, no reconhecimento do dia 22, na Batalha de 24, no combate de 28, tudo no mês de maio, em TUIUTY, e nos bombardeios de 14, 18 e 19 de junho. Foi elogiado pelo Comando da 3a Divisão do Exército, pelos certeiros tiros que fez com duas peças raiadas de montanha sobre uma força inimiga, obrigando-a a abandonar a posição que ocupava, o que consta da ordem do Dia do Comando em Chefe no 15, de 28 do dito mês de maio; tendo tomado parte na Batalha de 24 deste mês, por cujo feito de Armas cabendo ao Regimento, a parte mais ativa, foi-lhe transmitido pelos Generais Chefe do Estado Maior, Comandante geral da Artilharia e pelo General Oriental, os mais honrosos elogios, declarando o primeiro, que muito se deve à Arma de Artilharia, mormente ao 1o Regimento, que muito cooperou para a derrota do inimigo; o segundo, que o Regimento achando-se na Vanguarda, foi o primeiro a suportar o impulso das massas paraguaias, que, a todo custo, pretendiam assaltá-lo, mas que não puderam, abrir caminho, por entre a chuva de metralha e granadas que lhe enviavam os canhões do Regimento; o terceiro finalmente, declara que o Regimento com seus fogos certeiros, muito contribuiu a rechaçar o inimigo, com a imensa perda de gente que teve. Tomou parte nos Combates de 16 e 18 de julho, nos bombardeios havidos durante o mês de agosto; protegeu com a Divisão de seu Comando aos reconhecimentos feitos à esquerda e frente de nossas posições nos dias 04, 05 e 22, tudo de setembro, e tomou parte nos bombardeios havidos durante o mês de outubro, tudo do predito ano de 1866 e nos da 08 a 19 de janeiro de 1867, quando o inimigo procurava desalojar as nossas linhas avançadas das posições conquistadas. Foi nomeado Tenente de Comissão, a 12 de abril, o que consta da Ordem do Dia do Comando em Chefe no 65, de igual data. Passou a Comandar a 5a Bateria, a 08 de junho; pronto a 14 e a 19, tudo do mesmo mês, assumiu o Comando da 3a Bateria; deixou este serviço a 29, também de junho. Marchou de TUIUTY, a 20 de julho, tudo do dito ano de 1867 e a 31 do mesmo mês, acampou em TUYU-CUÊ. Marchou de PALMAS, a 21 de dezembro de 1868 e neste dia, assistiu ao ataque sobre as trincheiras do PIQUICIRY; a 25 tomou parte no bombardeio feito sobre o reduto de LOMAS VALENTINAS; a 27, fez parte da força que o assaltou e apoderou-se de toda a Artilharia inimiga; a 29, tomou posição em frente ao reduto de ANGUSTURA e a 30, tudo do dito mês de dezembro, assistiu à capitulação da Guarnição deste reduto. Marchou para LUQUE, a 11 de março de 1869 e do GUARAMBARÉ, a 22 de maio, acampando na margem do Arroio PIRAJÚ, a 25 do mesmo mês. Marchou do TAQUARAL, no dia 02 de agosto; tomou parte no combate e assalto de PERIBEBUY, no dia 12, no combate de 16 e 18, tudo do dito mês de agosto; marchando neste último dia para CARAGUATAHY, onde acampou. Está compreendido no número dos Oficiais e Praças a quem o Excelentíssimo Senhor General Comandante do 2o Corpo de Exército, dirigiu os maiores elogios, nas Ordens do Dia no 03 e 04, relativas aos combates de 16 e 18 de agosto. Por Decreto de 28 de junho, foi condecorado com a Medalha de Mérito Militar, o que consta da Ordem do Dia da Repartição de Ajudante General no 683, de 28 de julho. Está compreendido no número de Oficiais e Praças, mandadas louvar por Sua Majestade o Imperador e por Sua Alteza Comandante em Chefe do Exército, por ter concorrido para os triunfos que no mês de agosto, alcançou o Exército em prol da honra e segurança do Brasil, bem como no voto de reconhecimento e louvor que a Câmara dos Senhores Deputados e Senadores consignaram nas Atas das Seções de 24 e 25 do dito mês de agosto, pela brilhante vitória alcançada contra PERIBEBUY, o que consta da Ordem do Dia do Comando em Chefe no 37, de 14 de novembro, tudo dito ano de 1869. Embarcou na Vila do ROSÁRIO, a 15 de maio de 1870, desembarcou em HUMAITÁ, a 17. Condecorado com a Medalha de Prata, com fita azul e encarnada, concedida ao Exército que fez a Campanha do Estado Oriental do URUGUAI, de 1864 e 1865. Cavaleiro da Ordem da Rosa, pelos serviços prestados nos combates de PAYSANDÚ. Cavaleiro da Ordem de Cristo, pelos serviços nos combates de 02 e 24 de maio de 1866. Tendo sido inspecionado de saúde, em 06 de maio, seguiu a 15, da Vila do ROSÁRIO, para HUMAITÁ; em 16, foram-lhe concedidos, pelo Comando em Chefe do Exército, três meses de Licença, para tratar de sua saúde, no BRASIL. Desembarcou em HUMAITÁ em 17, e em 29 do mesmo mês de maio, embarcou para a Província do Rio Grande do Sul, onde desembarcou em 12 de junho, e em 03 de julho, apresentou-se ao Comandante da Guarnição da cidade de SÃO GABRIEL. Por Decreto de 06 de setembro, foi nomeado Oficial da Ordem da Rosa, pelos serviços que prestou nos combates de dezembro de 1868. Pela Ordem do Dia da Repartição de Ajudante General no 732, de 17, também de setembro, foi classificado na Companhia de Infantaria da Província de SERGIPE. Em virtude da Ordem do Comando das Armas da Província do Rio Grande do Sul, passou, em 20 de março, a ser considerado aguardando na Guarnição de SÃO GABRIEL, a decisão do Governo Imperial, a seu respeito. Por Portaria de 28 do dito mês de março, publicado na Ordem do Dia da Repartição de Ajudante General no 760, de 31 do mesmo mês, foi transferido para o 12o Batalhão de Infantaria. Apresentou-se na Repartição de Ajudante General em 01 de outubro de 1873, vindo da Província do Rio Grande do Sul; foi Inspecionado de Saúde no dia 03 do mesmo mês e julgado sofrer de aleijão do dedo grande do pé esquerdo, em conseqüência de luxação irredutível, achando-se incurável e incapaz do Serviço do Exército. Por Portaria de 13, também de outubro, concedeu-se Licença para aguardar; na dita Província, a decisão do Governo, sobre seu destino. Por decreto de 13 de março de 1873, publicado na Ordem do Dia no 1027, de 21 do mesmo mês e ano, foi reformado no mesmo Posto de Tenente, de conformidade com o parágrafo 1o do Artigo 9o da Lei no 648, de 18 de agosto de 1852, visto sofrer moléstia incurável que o torna incapaz de continuar no serviço. Por Portaria de 27 de junho, publicada na Ordem do Dia da Repartição de Ajudante General no 1059, de 05 de julho de 1871, obteve Licença para residir na Província do Rio Grande do Sul. Em 30 de julho de 1877, foram apresentados pelo seu Procurador, os Diplomas de Cavaleiro da Ordem de Cristo, de Cavaleiro e Oficial da Ordem da Rosa, datados: o 1o de 03 de novembro de 1866; o 2o, de 18 de março de 1865 e o 3o, de 28 de janeiro de 1871. Faleceu em 01 de agosto de 1877, na cidade de SÃO GABRIEL, conforme participou o Comandante das Armas, em Ofício no 21, do mesmo mês. Nada mais consta de seus apontamentos. Em firmeza do que para constar, mandei passar a presente que assinei e fiz selar com o Sinete das Armas Imperiais. Quartel do Comando do 2o Batalhão de Infantaria, nas Cinco Pontas em PERNAMBUCO, 30 de setembro de 1877. Eu JOÃO BAPTISTA DE SIQUEIRA Alferes Secretário a subscrevi.



DOMINGOS ALVES BARRETO LEITE
Tenente Coronel

Sargento DRAUBER


Sargento DALÍSIO SALLES



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