segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Livro VELHOS COMANDANTES - 1831 a 1925 - Regimento Mallet


VELHOS COMANDANTE - SEGUNDA CAPA


VELHOS COMANDANTES - INDICE

ÍNDICE


APRESENTAÇÃO ................................................................................................. 3

PREFÁCIO ............................................................................................................. 5

HOMENAGENS ..................................................................................................... 7

AGRADECIMENTOS ............................................................................................ 9

Major José Mariano de Mattos (Ministro da Guerra da República Riograndense
e do Império) .................................................................................................... 11

Tenente Coronel Lopo de Almeida Henriques Botelho e Mello .................................. 17

Coronel Francisco Antonio da Silva Bittencourt ......................................................... 21

Major Joaquim José Gonçalves Fontes ..................................................................... 25

Coronel Hermenegildo de Albuquerque Portocarreiro (Barão do Forte de Coim-
bra) ................................................................................................................... 31

Coronel Alexandre Gomes de Argolo Ferrão (Visconde de Itaparica)........................ 37

Tenente Coronel Emílio Luiz Mallet (Barão de Itapevi) .............................................. 43

Tenente Coronel Severiano Martins da Fonseca (Barão de Alagoas) ......................... 51

Coronel Joaquim da Costa Rêgo Monteiro ................................................................ 63

Coronel Manoel Deodoro da Fonseca (Generalíssimo das forças de terra e mar) ...... 73

Coronel Manoel de Almeida Gamma Lobo d’Eça (Barão de Batoví) ......................... 81

Coronel Filinto Gomes d’Araújo ............................................................................... 91

Coronel Felício Paes Ribeiro ..................................................................................... 103

Coronel Cândido Costa ............................................................................................ 113
Tenente Coronel Bernardo Vasques 121

VELHOS COMANDANTES - CONT. INDICE

Coronel Manoel José Pereira Júnior .......................................................................... 133

Tenente Coronel Antonio Fernandes Barbosa ........................................................... 147

Coronel Jorge Diniz de Santiago ............................................................................... 155

Coronel Luiz Gomes Caldeira de Andrade ................................................................ 163

Coronel Bello Augusto Brandão ................................................................................ 171

Tenente Coronel Miguel d’Oliveira Paes ................................................................... 179

Coronel João Leocádio Pereira de Mello .................................................................. 185

Coronel Nicanor Gonçalves da Silva Júnior ............................................................... 191

Coronel Lindolpho Libanio Moreira Serra ................................................................. 209

Coronel Joaquim Thomaz Santos e Silva Filho ........................................................... 229

Coronel José da Veiga Cabral .................................................................................. 241

Coronel Cláudio da Rocha Lima ............................................................................... 269

Coronel Sylvestre Rocha .......................................................................................... 287

Coronel Simeão Pereira Reis .................................................................................... 307

CONCLUSÃO ........................................................................................................ 333

ANEXOS ................................................................................................................ 335

LIVROS E DOCUMENTOS CONSULTADOS .................................................... 363

VELHS COMANDANTES - pg 03

APRESENTAÇÃO


Escritores de renome escreveram e escrevem sobre a nossa história militar, desde os primórdios do Brasil colônia.
Estudando-se cada acontecimento dentro dos contextos, descobriremos novos fatos e notabilíssimos feitos, cujos eventos serviram para forjar vultos de real valor.
Muitos, porém, longe de serem olvidados, por razões que não nos cabe aqui analisar, contribuíram à custa de suas existências, para a nossa atual soberania e emancipação política.
Notável é a galeria de homens de letras, políticos, militares, eclesiásticos, dentre negros, brancos, índios e caboclos que, com desprendimento e heroicidade, cooperaram para que fossem alicerçados os destinos de nossa pátria e dos quais nada sabemos.
Entre tantos, permitimo-nos citar os ex-comandantes do atual 3o Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado “Regimento Mallet”, que de primitivo Corpo de Artilharia a Cavalo, viria a se constituir, através dos tempos até nossos dias, sem fugir às suas finalidades, em um marco inconteste de nacionalidade.
Já existindo um histórico da unidade, de autoria do General João Borges Fortes e do Capitão José Faustino da Silva Filho, editado no Rio de Janeiro pela imprensa militar em 1932, faz-se necessário que conheçamos a vida militar de cada um dos que em um período inicial, a conduziram de 1831 a 1925.
Apresentando, pois, despretencioso trabalho cujo tempo consumiu mais de 30 anos, agradecemos à “Secular Caserna”, única responsável por nossa formação, ensinamentos de nobre civismo, abnegação e consciência profissional nela recebidos no distante ano de 1959 e aprimorados na década de 1960, predicados estes – essenciais aos que seguem a carreira das armas – provindos não só do ensino peculiar, mas igualmente do exemplo diuturno dos seus saudosos integrantes. Visando também as novas gerações castrenses, no intuito de despertar-lhes o interesse por este tipo de labor, visto serem tão poucos neste imenso Brasil que a isto se dedicam e havendo, também, grande número de instituições militares centenárias

VELHOS COMANDANTES - pg 04

...
desprovidas deste complemento histórico, procedemos à presente pesquisa biográfica que, se por um lado representa particularmente a vida militar de cada um dos biografados, por outro, também descortina para muitos, episódios históricos até então desconhecidos.
A fim de facilitar a concatenação de apontamentos para empreender-se um estudo desse tipo, seria de bom alvitre determinar-se aos oficiais do exército quando transferidos para a reserva, a remessa de cópias de suas alterações, para tantos quantos foram os seus comandos, direções ou chefias; uma vez de posse desses documentos, as unidades procederiam à organização de suas biografias por uma equipe formada de elementos que, além dos seus afazeres normais, tivessem gosto e interesse por este mister. A própria Diretoria de Avaliação e Cadastro, poderia tomar a si esta incumbência, no intuito de dotar aquelas de subsídios capazes não só de valorizar como completar a galeria histórica das mesmas.
Posto isto em prática, evitaríamos incluí-los no rol do anonimato em futuro distante, como acontece com sem número de cidadãos, desde que nesta terra aportou Pedro Álvares Cabral. Não obstante a idéia restringir-se ao âmbito militar, seria válida da mesma forma para a área civil, nos órgãos constituídos, abrangendo as três instâncias da nação, que como nosso exército, teriam para legar à posteridade, exemplos de abnegação e trabalho daqueles que ajudaram a preservar o passado, construir o presente e abrir horizontes para a plenitude desta grande nação, o BRASIL!

VELHOS COMANDANTES - pg 05

PREFÁCIO


Esta publicação ─ Velhos Comandantes (1831 a 1925) ─ é fruto de trabalho de pesquisa histórica de Antonio Carlos Mesquita do Amaral, Subtenente reformado, realizada ao longo do período de 1964, ano em que o autor do trabalho apresentou-se nesta Unidade, até o ano de 2003, ocasião em que foram compilados os últimos dados do estudo.
No Grupo que possui as mais caras tradições da Artilharia Brasileira, fruto de sua descendência direta do 1º Regimento de Artilharia a Cavalo, Unidade que foi comandada pelo próprio Marechal Emílio Luiz Malet, imortalizando-se nos anais da História Militar Brasileira por sua decisiva participação na Batalha de Tuiuti, esta publicação vem a facilitar o trabalho de estudiosos da história da Unidade, passando a compor a Galeria dos Ex-Comandantes do 3º Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado ─ o Regimento Mallet.


Quartel em Santa Maria, 28 de janeiro de 2005.




Paulo Roberto Laraburu Nascimento – Cel
Cmt do Regimento Mallet

VELHOS COMANDANTES - pg 06 - VERSO

SEM CONTEÚDO

VELHOS COMANDANTES - pg 07

HOMENAGENS


De honra

Ao Maj Alexandre Máximo Chaves Amendola e 1o Sgt João Teixeira Porto, cultuadores eméritos das tradições do “Velho Regimento”; 3o Sgt Walter Mendes Mucha e Agostinho Cassemiro de Camargo, incansáveis compositores literários da unidade.



Especial

Ao TC José Tito do Canto, meu primeiro comandante de unidade; 1o Ten Rubem Antonio Gallo, meu primeiro comandante de subunidade; Subten Ruy Fagundes de Mesquita, meu primeiro subtenente; 1o Sgt João de Jesus Pacheco, meu primeiro sargenteante, que me orientaram sobremaneira, durante o meu aprendizado; 1o Ten Paulo Ernesto Meissner, Norton Teixeira Tasso e Elizier Baraldo; 2o Ten Airton José Lermem, Simon Fernandes Sampedro, José Marleno Albiero e Alfredo Eduardo Itaqui; Asp Of Jorge Oliveira Pantoja e Miguel Tibúrcio Brasil, meus instrutores; 1o Sgt Niro da Silveira Peixoto; 2o Sgt Henrique Holtz Silva, Cypriano Ferreira Cezar, João Carlos Cezar, Julio Crestani, Élio D’Ávila Pedroso, Bento Rosa de Oliveira, Alcey Bonifácio dos Santos, João Guimarães Fagundes, Rosalino Constant Doná, Jonas de Souza Nunes, Oracy Moreira Reis, Acylino Souza da Rosa e Homero Pedro Zanini; 3o Sgt Domingos Francisco Pasa, Elcio Domingos Caputti Michel, Humberto Pinto Alagia, Eloy Oliveira Garcez, Luiz Carlos Guazina, Nelson Lemos de Souza, José Guedes Palma, Egon Rubenich, Alady Martins, Tarcizio Francisco Zanini, Heitor Francisco Montaguti, Alberto Luiz Durgante Uberti, Eliziário Dornelles Alves e Agripino Cezar, meus monitores, responsáveis diretos pela minha formação militar.

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Oficial

À secular caserna, de tão saudosas lembranças; aos cabos e soldados núcleo base; aos conscritos de 1959 e companheiros de incorporação na bateria comando do regimento.



Afetiva

Aos meus filhos Priscilla e Alexandre.

VELHOS COMANDANTES - pg 09

AGRADECIMENTOS

Na oportunidade que nos é dado brindar a todos com uma parte da galeria dos ex-comandantes da mais tradicional unidade de artilharia de campanha do exército brasileiro, faz-se mister tornar público nossos agradecimentos à equipe do Arquivo Histórico do Exército, na pessoa dos Coronéis Victor Augusto da Silva e Raul Roberto Musso Santos, ex-diretores e Paulo Dartanham Marques de Amorim, diretor atual, pelos estudos realizados e informações prestadas; aos Senhores Generais de Divisão Demócrito Corrêa Cunha, Décio Barbosa Machado e de Brigada Manoel Theóphilo Gaspar de Oliveira Netto, ex-comandantes da 3a Divisão de Exército – Divisão Encouraçada e da 6a Brigada de Infantaria Blindada – Brigada Niederauer; aos Coronéis Iran Lopes da Rosa e Pedro Paulo de Oliveira e Brito seus ex-chefes do estado-maior, pelo apoio recebido; ao Coronel José Pedro de Mello, ex-comandante e Ten Cel Paulo Roberto Laraburu Nascimento, comandante atual do regimento, pelas fotografias cedidas; ao Coronel Edson Vicente Cesetti, ex-cmt do 52º Batalhão de Infantaria de Selva (Batalhão Mário Andreaza), pelas altas demonstrações de humanidade e atitudes de apoio irrestrito; aos Coronéis Joaquim Sidney Barros de Alarcão e Ney Thompson de Santiago, ex-chefes do estado maior da 23ª Brigada de Infantaria de Selva, pelos expedientes na busca de fotografias dos nominados; ao 1o Tenente Samuel Mesquita do Amaral, pela cessão de sua biblioteca de obras militares para consultas; ao 2o Ten Júlio Cesar do Amaral e aos Subtenentes Edgar de Medeiros Vila Nova, Amedorino Pereira dos Santos, Carlos Olegário Acosta Teixeira; aos 1o Sargentos Marino Bernardi, José Carlos Neves, João Luiz Pillar, José Pasqual Ghisleni; aos 2o Sargentos Hugo Maia Burlamaqui, Alcione Mirion Pinheiro Farias e ao 3o Sargento Clorivaldo Novack, pelas palavras de incentivo; também aos demais companheiros que pelo sentido do pensamento nos desejaram êxito no empreendimento; ao Dr. Cyrilio Zanoni, orientador educacional do Colégio Estadual Manoel Ribas, pelas correções iniciais procedidas, ao Acadêmico Edmundo Cardoso, escritor e teatrólogo santamariense, pela revisão e orientações, e, por fim, a Eng. Denise do Carmo Ferreira, pela dedicação em digitar os

VELHOS COMANDANTES - pg 10

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manuscritos; todos proporcionando para que chegássemos a bom termo ao que nos propusemos

VELHOS COMANDANTES - pg 11

Major JOSÉ MARIANO DE MATTOS
(Ministro da Guerra, da Marinha e Presidente da República
Riograndense; Ministro da Guerra do Império)

Nomeado comandante em 30 Ago 1831 e exonerado em 30 de Mar 1835


Natural do Rio de Janeiro, nascido em 1801.
Assentou praça de voluntário, em 2 de agosto de 1822, no 1o Corpo de Artilharia de Posição.
Sargento graduado, a 04 de setembro de 1822. Alferes, por decreto de 24 de fevereiro de 1823; 2o tenente, por decreto de 20 de junho do mesmo ano.
Promovido a 1o tenente, para a 1a Companhia, por decreto de 12 de outubro de 1823, prestou juramento à constituição política do império, nesse posto, em 24 de março de 1824.
Nomeado para coadjuvar ao major do Corpo de Engenheiros, Manoel José de Oliveira, no levantamento das obras de fortificação da costa do norte da província do Rio de Janeiro, marchou a 23 de junho de 1824.
Promovido a capitão, por decreto de 12 de outubro de 1824, recolheu-se ao corpo em 1825, em cumprimento de portaria de 11 de janeiro do mesmo ano de 1825.
Destacou para a província de São Pedro do Sul, em cumprimento de oficio de 28 de março de 1827, regressando em 7 de abril de 1829, sendo promovido a major, por decreto de 18 de outubro desse mesmo ano.
Foi nomeado cavaleiro da ordem imperial do cruzeiro, por decreto de 17 de outubro de 1830, por serviços militares na guerra da independência.
Passou a comandar o Corpo de Artilharia de Marinha, em cumprimento do aviso de 9 de maio, publicado em ordem do dia de 12 do mesmo mês, tudo de 1831.
Por decreto de 30 de agosto, publicado em ordem do dia de 1 de setembro, tudo do mesmo ano de 1831, teve passagem para o Corpo de Artilharia a Cavalo de primeira linha, em conseqüência do que foi dispensado do comando do Corpo de Artilharia de Marinha.

VELHOS COMANDANTES - pg 12

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Seguiu para a Província de São Pedro do Sul, a reunir-se ao seu corpo, ao qual se apresentou e comandou interinamente.
Permanecendo na Província do Rio Grande do Sul, adquiriu pelas suas luzes e fino trato, grande número de amigos, com os quais colaborava em um dos partidos políticos.
Em 20 de setembro de 1835, abraçando a causa armada, deixou Porto Alegre em 14 de junho de 1836, após retomada pelos Imperiais, rumando à Piratini, onde foi eleito Vice-Presidente da República Riograndense.
Assumiu a 6 de novembro, o Departamento da Guerra e interinamente, o dos estrangeiros, quando desde setembro do mesmo ano se achava judicialmente pronunciado em Porto Alegre, como cabeça de rebelião, sedição e insurreição, com muitos outros seus companheiros de luta.
No comando de uma força de 1.300 homens, ocupa Lages, em 9 de março de 1838 e a 23 de novembro, assume a Presidência da República, na qual se conservou até 14 de maço de 1841, data que a entregou em São Gabriel.
Por ocasião da abertura do Congresso Constituinte da República Riograndense, em 30 de abril de 1840, foi eleito membro cuja primeira reunião, só se realizou em 1 de dezembro de 1842.
Foi nomeado para em comissão em 8 de fevereiro de 1843, organizar o projeto de constituição da nova república.
Após a ação de Ponche Verde, foi preso em Piratini, pelo Cel Francisco Pedro de Abreu, a 26 de maio de 1844 e remetido para a corte, sendo recolhido à Fortaleza de Santa Cruz, a 17 de agosto do mesmo ano e sujeito a processo.
Decorridos que foram nove meses, se lhe concedeu a liberdade, em virtude da anistia geral que fora decretada a 18 de dezembro de 1845.
Por imediata e imperial resolução, de 28 de fevereiro de 1846. tomada sobre consulta do conselho supremo militar, de 7 de novembro de 1845, foi considerado como pertencente a 1a classe do exército. Por aviso de 13 de janeiro de 1846, foi nomeado membro da comissão de exame de artilharia e mais armas de fogo. Promovido a tenente coronel graduado por aviso de 2 de outubro de 1850, foi encarregado de inspecionar os exercícios de uma companhia de artilharia, aquartelada na Praia Vermelha e destinada a

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Major JOSÉ MARIANO DE MATTOS

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seguir para a Província de São Pedro do Sul. Por ofício do quartel general de 21 de dezembro de 1850, foi encarregado da instrução dos oficiais do 4o Batalhão de Artilharia a Pé, no manejo da referida arma. Por outro ofício de 08 de março de 1851, foi nomeado membro da comissão de exame dos candidatos aos postos de 2o tenente, capitão e major, na arma de artilharia. Por aviso de 17 de junho de 1851, foi mandado apresentar ao Conde de Caxias, a fim de seguir para a Província de São Pedro do Sul, para onde, com efeito, marchou. Foi promovido a tenente coronel efetivo. Pela ordem do dia do exército do sul, de 06 de setembro de 1851, foi nomeado ajudante general do mesmo exército. Por ocasião da classificação geral feita por decreto de 24 de julho de 1851, ficou pertencendo ao Corpo de Estado Maior de 1a Classe.
Foi condecorado com a medalha do desenho no 1, concedida ao exército de operações na república do Uruguai, por estar compreendido nas disposições do decreto no 932, de 14 de março de 1852.
Foi nomeado comendador da ordem de São Bento de Aviz, por decreto de 29 de julho de 1852, pelos serviços prestados na campanha do Uruguai.
Recolheu-se da Província de São Pedro do Sul, em 09 de agosto de 1852.
Por aviso de 24 de agosto de 1852, foi mandado voltar ao exercício de membro da comissão de melhoramentos do material do exército.
Tem o curso completo da Academia Imperial Militar do Rio de Janeiro, onde obteve todas as práticas.
Por aviso do Ministério da Guerra, de 10 de agosto de 1854, comunicado por ofício do quartel general do Comando das Armas, de 13 do mesmo mês, foi nomeado diretor interino da Fábrica da Pólvora e por decreto de 05, aviso de 09 e oficio do quartel general de 11, tudo de julho de 1855, foi confirmado na efetividade do lugar acima.
Por imediata e imperial resolução, do 01, tomada sobre consulta do conselho supremo militar, comunicada por aviso do Ministério da Guerra, de 07, publicado em ordem do dia do quartel general do Comando das Armas, no 37, de 09, tudo de agosto de 1855, foi-lhe mandado contar o tempo de serviço militar, desde 03 de março de 1819, em diante.
Por decreto de 02 de dezembro de 1856, publicado em ordem do dia no 109, de 09 do mesmo mês e ano, foi promovido ao posto de coronel, por merecimento.

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A 20 de junho de 1857, apresentou certidão de casamento, legalizada e autenticada, com D. Izabel Leonor Meirelles, celebrada na Vila de Caçapava, a 10 de fevereiro de 1840.
Por decreto de 03 de dezembro de 1857, comunicado em ofício do quartel general, de 07, foi dispensado do lugar de diretor da Fábrica da Pólvora, por assim ter pedido.
A 09 de janeiro de 1858, apresentou-se, tendo recolhido-se da Fábrica da Pólvora.
Por ofício do Quartel General do Exército, de 29 de maio, foi declarado ter sido demitido por aviso de 04 de agosto de 1857, do lugar de membro da comissão de melhoramentos do material do exército.
Por oficio do Quartel General do Exército, de 20 de dezembro de 1858, referindo-se ao aviso de 16, foi nomeado membro da comissão de melhoramentos do material do exército. Em 23, apresentou-se dando parte que ia entrar naquela comissão.
Por aviso de 22 de fevereiro de 1859, comunicado em ofício do Quartel General do Exército, de 24, foi mandado apresentar-se ao Ministro da Guerra, a fim de ser ali incumbido de trabalhos especiais, sem que fique desligado daquela comissão, conforme a ordem do dia no 113.
Por aviso de 12 de agosto do sobredito ano, publicado em ordem do dia do Quartel General do Exército, no 115, foi dispensado da comissão que se achava na respectiva secretaria.
Por aviso do Ministério da Guerra, de 18 de setembro de 1860, publicado em ordem do dia do Quartel General do Exército, no 212, foi incumbido da comissão de ir montar a Escola de Tiro, estabelecida no Campo Grande.
Foi promovido a brigadeiro, por decreto de 02 de dezembro de 1861, segundo se fez público em ordem do dia do exército no 295, de 05 do mesmo mês e ano acima.
Em agosto de 1864, foi designado Ministro da Guerra.
Faleceu no Rio de Janeiro, em 05 de fevereiro de 1866, no cargo de vogal do conselho supremo militar.

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Major LOPO DE ALMEIDA HENRIQUES BOTELHO E MELLO

Nomeado comandante a 2 Dez 1839 e exonerado a 25 Jul 1844.


Nascido em 1799 em Lisboa, filho do tenente coronel do exército de Portugal, Lopo Joaquim de Almeida Henriques, assentou praça voluntária e jurou bandeira a 18 de setembro de 1819, no Regimento de Artilharia do Rio de Janeiro.
Chegou no Brasil ainda criança, a 30 de abril de 1802, em companhia de seu pai.
Em fevereiro de 1820 obteve permissão para matricular-se na Real Academia Militar que freqüentou com aproveitamento.
Possuidor também do curso de humanidades, foi promovido a 2o tenente por decreto de 24 de junho de 1822 para o 1o Corpo de Artilharia de Posição e, por outro de 20 de junho de 1823, para o 2o corpo da mesma arma, no posto de 1o tenente.
Por despacho de 12 de outubro do mesmo ano, reverteu para o 1o corpo, por ter sido promovido ao posto de capitão.
Por decreto de 18 de agosto de 1825, obteve passagem para o 1o Corpo de Artilharia Montada.
Destacado para a Província do Rio Grande do sul a 13 de janeiro de 1827, fez toda a campanha do comando de duas brigadas de artilharia da corte, portando-se com valor na ação do dia 20 de fevereiro; chegou a salvar na retirada um carro de munições, ficando por muitas vezes exposto ao fogo inimigo, recolhendo-se, a 8 de julho de 1829.
Freqüentando os estudos da Academia Militar, foi aprovado plenamente no 1o, 2o, 3o e 4o anos do curso matemático.
Por aviso da Repartição da Guerra, de 10 de junho de 1831, foi excluído do corpo por ter passado a avulso.
Por outro aviso da mesma Repartição da Guerra, de 15 de novembro de 1832. obteve passagem para a guarnição da Província do Rio Grande do Sul, de onde emigrou para o Rio de Janeiro em outubro de 1835, por não aderir à rebelião que em 20 de setembro do mesmo ano apareceu na dita província.

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Em 22 de fevereiro de 1836, passando a efetivo ao 1o Corpo de Artilharia de Posição, retornou para a mesma província comandando uma coluna de brigada de artilharia de posição (6 peças) que organizou em ligeira.
Foi promovido a major por decreto de 4 de agosto de 1837, em atenção aos relevantes serviços prestados para o restabelecimento da ordem.
Por aviso da Repartição da Guerra, de 1o de setembro de 1837, foi encarregado da organização e comando interino do Corpo de Artilharia a Cavalo.
Assistiu aos ataques de 4 de janeiro, 25 de julho e 29 de setembro, também do ano de 1837.
No combate de 30 de abril de 1838 na Vila do Rio Pardo, recebeu 27 graves ferimentos, ficando prisioneiro do Brigadeiro Bento Manuel Ribeiro, comandante das forças republicanas, de quem foi resgatado por força legal a 22 de novembro do mesmo ano.
Por ordem do Presidente da Província e comandante das forças imperiais, a 17 de abril de 1839 marchou para a Ilha dos Juncos, encarregado de a fortificar contra os rebeldes, recolhendo-se no dia 2 de julho.
Foi promovido a tenente coronel comandante do Corpo de Artilharia a Cavalo por decreto de 2 de dezembro de 1839.
Foi nomeado cavaleiro das ordens imperial do cruzeiro e da de São Bento de Aviz, em fevereiro de 1840.
Marchando para a campanha a 22 de fevereiro de 1841, recolheu-se a 31 de outubro do mesmo ano, recebendo o oficialato da ordem do cruzeiro com que fora agraciado por decreto a 2 de dezembro do ano anterior.
Graduado no posto de coronel por decreto de 27 de maio de 1842 e a efetivo a 23 de julho de 1844 para o Estado Maior de 1a Classe, deixou o comando do Corpo de Artilharia a Cavalo em 22 de outubro.
Em 1846 tomou assento na Assembléia Provincial do Rio Grande do Sul para que fora eleito deputado e por decreto de 18 de novembro do mesmo ano foi graduado no posto de brigadeiro, continuando no mesmo destino. Passou a exercer o comando da guarnição e fronteira do Rio Grande a 15 de outubro de 1853, função que deixou em 1856; recolheu-se à corte e foi designado a 24 de julho para comandar a Fortaleza de Santa Cruz, que também deixou em março de

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Major LOPO DE ALMEIDA HENRIQUES BOTELHO E MELLO

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1858 por ter sido nomeado diretor da Escola Preparatória da Província do Rio Grande do Sul.
Exonerado deste cargo a 18 de maio de 1860, por decreto de 29 de janeiro de 1862, recebeu o grau de comendador da ordem de São Bento de Aviz e por outro de 2 de dezembro do mesmo ano, teve a graduação de marechal de campo.
Comandou interinamente as Armas do Rio Grande do Sul de 23 de março a 30 de maio de 1865.
Por despacho de 18 de agosto do mesmo ano foi nomeado comandante das Armas da Província do Pará, cargo de que foi exonerado a 19 de setembro de 1866, tendo permissão para aguardar ordens do governo na Província do Rio Grande do Sul.
Foram-lhe concedidos dois meses de licença, em 14 de dezembro, para tratar da saúde na mesma província.
Em portaria de 12 de fevereiro de 1867 foi nomeado membro da junta militar de justiça, criada na Província do Rio Grande do Sul para funcionar unida ao exército em operações fora do território brasileiro, para onde seguiu.
Em abril assumiu o comando geral de todas as forças brasileiras em operações contra o governo do Paraguai, estacionadas na Província de Corrientes, onde faleceu no dia 29 de dezembro de 1867 de moléstia adquirida nessa tão prolongada campanha.

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Coronel FRANCISCO ANTONIO DA SILVA BITTENCOURT

Nomeado comandante a 23 Jul 1844 e exonerado a 19 Out 1848


Nascido a 2 de outubro de 1802 na Província do Rio de Janeiro, filho do Tenente Coronel Elesbão José da Silva Bittencourt, assentou praça voluntária de soldado a 12 de janeiro de 1818, na Brigada de Artilharia Ligeira da Divisão Portuguesa Auxiliadora.
Reconhecido cadete de 1a Classe a 10 de dezembro do mesmo ano, passou para a Companhia de Voluntários do Regimento de Artilharia do Rio de Janeiro a 19 de março de 1820.
Promovido a 2o tenente agregado à 6a Companhia por decreto de 9 de novembro, foi efetivado na Companhia de Mineiros a 12 de outubro de 1822.
No mesmo posto foi transferido para as Brigadas de Artilharia Montada da Corte, por decreto de 12 de outubro de 1824.
Promovido a 1o tenente para a Companhia de Condutores do Corpo de Artilharia Montada da Corte, por decreto de 2 de agosto de 1825, marchou para a campanha do sul a 16 de novembro do mesmo ano, e, ali chegando, incorporou-se ao exército em operações, sendo nomeado deputado do Quartel Mestre General.
Tendo tomado parte efetiva na batalha do dia 20 de fevereiro de 1827, foi elogiado pelo comandante em chefe do exército, Marquês de Barbacena, e promovido a capitão por distinção.
Em outubro de 1828, deixando o cargo, continuou a servir na mesma província, até que regressou à corte em 1829, voltando ao sul e incorporando-se á artilharia a cavalo, em 1o de janeiro de 1834.
Ao eclodir a revolução republicana, achava-se no comando interino do Corpo de Artilharia a Cavalo.
Em vista dos acontecimentos, foi obrigado a deslocar-se para a corte no desenvolvimento da revolução de 20 de setembro de 1835, acompanhando o Presidente da Província, após prestar serviços contra a rebeldia. Em 2 de janeiro de 1836 marchou para a Província do Pará na qualidade de

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comandante do Corpo Provisório de Artilharia da Divisão Expedicionária que iria combater os cabanos.
Promovido a major por decreto de 22 de agosto de 1837, pelos relevantes serviços ali prestados, recolheu-se à corte em 1o de abril de 1839.
Nomeado comandante do 4o Batalhão de Artilharia a Pé na Província do Pará, marchou a 14 de julho para aquele destino e foi promovido a tenente coronel por decreto de 2 de dezembro, tudo do mesmo ano.
A 28 de março de 1840 marchou para a campanha de Santa Catarina e seguiu daí para o Rio Grande do Sul.
Assumindo interinamente o comando do 5º Batalhão de Artilharia a Pé, prestou relevantes serviços à legalidade, recolhendo-se à corte no dia 1o de janeiro de 1841, e voltando para a campanha do sul a 9 de março do mesmo ano, foi, por decreto de 25, nomeado cavaleiro da ordem imperial do cruzeiro.
Promovido a coronel graduado por decreto de 27 de maio de 1842, foi nomeado Quartel Mestre General do exército em operações na fronteira do sul pela ordem do dia no 7 de 18 de julho de 1842.
Nomeado comandante do 5o Batalhão de Artilharia a Pé, continuou no exercício de Quartel Mestre General pela ordem do dia no 31 de 3 de outubro de 1842.
Exonerado dessa função, foi nomeado Ajudante General pela ordem do dia no 16 de 6 de fevereiro de 1843.
Dispensado desse exercício, foi encarregado de inspecionar os corpos de 1a linha, dos Guardas Nacionais e Polícia estacionados desde a cidade do Rio Grande até a Vila de Caçapava, a 28 de janeiro de 1844.
Efetivado no posto de coronel, foi nomeado comandante do Corpo de Artilharia a Cavalo, por decreto de 23 de julho, recebendo em dezembro a carta imperial de comendador da ordem da rosa.
Licenciando-se sem tempo determinado para tratamento de saúde, a 4 de agosto de 1847, ficou pronto a 19 de outubro de 1848 e, pela ordem do dia no 56 da mesma data, assumiu o comando da 4ª Brigada do exército, cargo que conservou até agosto de 1851.
Marchando com o exército de observação para Santana do Livramento, passou dessa data em diante a exercer o comando geral de artilharia.

VELHOS COMANDANTES - pg 23


Coronel FRANCISCO ANTONIO DA SILVA BITTENCOURT

VEHOS COMANDANTES - pg 24

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Feita a campanha, marchou à Colônia do Sacramento, fazendo a guarnição dessa cidade até que dela se retirou o exército brasileiro.
Por decreto de 19 de março de 1852 foi condecorado com a medalha de ouro por ter feito a campanha contra D. João Manoel de Rosas.
Deixando o comando geral de artilharia em abril, por despacho de 25 de setembro foi graduado em brigadeiro, passando a comandar a 5a Brigada em março de 1853.
Pelos serviços relevantes prestados, foi, por decreto de 7 de fevereiro de 1854 nomeado comendador da ordem de São Bento de Aviz e por outro, de 4 de março, nomeado diretor do Arsenal de Guerra da Província do Rio Grande do Sul.
Promovido a brigadeiro efetivo, por decreto de 2 de dezembro de 1856, continuou no mesmo cargo.
Promovido a marechal de campo por decreto de 28 de novembro de 1863, por outro de 8 de outubro do ano seguinte, foi nomeado comandante das Armas da Bahia, de cujo cargo foi exonerado a 19 de junho de 1865 para comandar as forças de reserva na Província do Rio Grande do Sul.
Nomeado comandante interino das Armas do Rio Grande do Sul, por decreto de 11 de abril de 1867, cujo cargo exerceu até 31 do mesmo mês do ano de 1868, retornou ao mesmo a 26 de dezembro.
Promovido a tenente general graduado por decreto de 9 de novembro de 1870, por outro de 18 de fevereiro do ano seguinte foi exonerado do cargo que exercia, recolhendo-se à corte do Rio de Janeiro.
Promovido à efetividade do posto em que era graduado a 3 de fevereiro de 1874, por decreto de 18 de abril recebeu a grã-cruz da ordem de São Bento de Aviz e a 20 de dezembro de 1875 foi nomeado Conselheiro de Guerra.
Solicitando reforma, esta lhe foi concedida no posto de marechal do exército, continuando no mesmo exercício de conselheiro, até 29 de julho de 1881, quando faleceu no Rio de Janeiro.

VELHOS COMANDANTES - pg 25

Major JOAQUIM JOSÉ GONÇALVES FONTES

Nomeado comandante a 23 Jan 1851 e exonerado a 4 Jun 1852


Nascido a 31 de julho de 1808 na Província do Rio de Janeiro, filho de José Gonçalves Fontes, assentou praça voluntária de soldado no 1o Corpo de Artilharia Montada da mesma província, a 14 de agosto de 1822.
Reconhecido 2o cadete a 31 de dezembro do mesmo ano, foi graduado 1o sargento a 10 de março de 1825 e destacado para a Província de Pernambuco a 28 do referido mês.
Foi promovido a 2o tenente para o 8o Corpo de Artilharia de Posição a 5 de fevereiro de 1827 e a 1o tenente a 12 de outubro.
Em aviso de 3 de agosto de 1832 passou a pertencer à guarnição do Rio de Janeiro, onde comandou as fortificações de Sepetiba desde 15 de julho até 15 de novembro de 1833.
Passando para a Província do Espírito Santo em aviso de 27 de fevereiro de 1834, por outro de 18 de dezembro reverteu para a do Rio de Janeiro, sendo nomeado instrutor de artilharia da Guarda Nacional por decreto de 29 de março de 1836.
Destacado para a Província do Rio Grande do Sul a 6 de outubro de 1837, foi promovido a capitão a 20 de agosto de 1838 para o Corpo de Artilharia a Cavalo.
Marchando para a campanha, assistiu aos ataques do Passo Real do Taquari a 3 de maio de 1840. No Passo de São Borja a 13, na Estância do Meio a 18 e banhado do Inhatium a 22, junto a Vila de São Gabriel, tudo de junho de 1841.
Promovido a Major graduado por decreto de 18 de julho, foi efetivado por outro de 23 do mesmo mês de 1844.
Comandando o Corpo de Artilharia a Cavalo desde 21 de abril de 1844 até 10 de abril de 1845, assumiu o mesmo comando a 4 de agosto de 1847.
Passou a comandar a 4a Brigada do Exército na Vila de São Gabriel a 21 de dezembro de 1850 e o Corpo de Artilharia a Cavalo a 23 de janeiro de 1851. Fez a campanha do estado oriental do Uruguai, de 2 de agosto até 31 de

VELHOS COMANDANTES - pg 26

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dezembro de 1851.
Embarcou com o mesmo corpo sob seu comando, na Colônia do Sacramento para o Rio Paraná a 16 e desembarcou a 22 no Espinilho, Província de Santa Fé, em dezembro de 1851.
Fez parte da divisão brasileira aliada ao grande exército em operações contra o ditador de Buenos Aires, D. João Manoel de Rosas.
Tomando parte na batalha de 3 de fevereiro às portas da capital de Buenos Aires, foi elogiado por haver prestado bons serviços nas marchas, tirando da experiência e zelo, recursos para remediar a falta de elementos de mobilidade necessários á sua arma. Igualmente, concorreu, com sua perícia, refletida coragem e excelente direção dos fogos, para a tomada da posição inimiga.
Embarcando com o corpo na cidade de Buenos Aires a 2, em decreto de 3 foi promovido a tenente coronel por merecimento comprovado no campo de batalha e desembarcou em Montevidéu a 4, tudo de março de 1852.
Marchando com a unidade para o Brasil a 5 de abril, chegou à s fronteiras do Jaguarão, Província do Rio Grande do Sul, a 4 de junho de 1852.
Deixando este comando, assumiu o do 7o Batalhão de Infantaria e seguiu para o Uruguai fazendo parte da divisão imperial auxiliadora; entrou na capital a 3 de maio de 1854.
Em virtude do aviso do Ministério da Guerra de 11 de janeiro de 1855, entregou o comando do batalhão a 10 de fevereiro e partiu para a Província do Rio Grande do Sul, a fim de assumir interinamente o 13o Batalhão de Infantaria.
Regressando a Montevidéu e assumindo novamente o comando do 7o Batalhão a 10 de julho de 1855, marchou em diligência a 28 de agosto para o acampamento de Santa Luzia a fim de proteger a força, o transporte e a cavalhada que ali se achavam.
Assumiu o comando da força e com ela recolheu-se ao Cerro, junto a Montevidéu; dali tornou com o batalhão para a Vila da União a 11 de setembro.
Tornou a marchar em destacamento para o mesmo acampamento a 27 do dito mês, de onde marchou com o batalhão e mais forças que ali se achavam a 16 de novembro, fazendo junção com a divisão imperial auxiliadora em marcha para o Brasil, nas pontas do Arroio Tolita. Passou a linha divisória e acampou a 22 de dezembro, tudo de 1855, no Piraí Grande.

VELHOS COMANDANTES - pg 27

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Foto não encontrada
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Major JOAQUIM JOSÉ GONÇALVES FONTES
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VELHOS COMANDANTES - pg 28

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Marchando deste acampamento com o batalhão a 6 de maio de 1856 para a cidade do Rio Grande, embarcou a 26 no vapor Guanabara para o Rio de Janeiro.
Foi elogiado por sua majestade imperial, pelo zelo e solicitude com que se empregou na disciplina do corpo e no bem estar das praças a seu mando, por ocasião da revista que o mesmo augusto senhor, no dia 3 de junho, passou ao batalhão em completa ordem de marcha.
Embarcando com o batalhão a 19 de junho para a Província da Bahia, foi promovido a coronel por merecimento, em decreto de 2 de dezembro de 1856.
Em 16 de junho de 1857 embarcou com o batalhão para a Província de Alagoas, deixando o comando a 29 de setembro e recolhendo-se ao Rio de Janeiro.
Em decreto de 15 do mesmo mês foi nomeado comandante das Armas da Província de Mato Grosso, cargo de que foi exonerado em decreto de 25 de maio de 1859 para o mesmo exercício na Província da Bahia até 1o de abril de 1862, quando passou a doente no quartel.
Em decreto de 25 de fevereiro de 1863 foi transferido para o 5o Batalhão de Infantaria e por outro de 10 de julho para o 13º da mesma arma.
Foi condecorado com a comenda da ordem da rosa, cavaleiro da de São Bento de Aviz e oficial da do cruzeiro.
Em decreto de 7 de janeiro de 1864 foi transferido para o 4o Batalhão de Infantaria e por outro de 15 de junho nomeado comandante das Armas da Província de Pernambuco, cargo de que foi exonerado em 21 de janeiro de 1865.
Em 27 de maio de 1865 foi nomeado comandante militar da Província de Santa Catarina, sendo exonerado a 1o de julho e nomeado nesta última data para seguir com destino ao sul, comandando a brigada de corpos de voluntários da pátria de números 19 e 24 e dos mais que se lhes foram reunindo, o que se deu na Vila da Cachoeira, ao incorporarem-se na mesma força, o 29 e o 31 também de voluntários da pátria e o 4o Batalhão de Artilharia a Pé, num total de 1.500 homens.
Seguindo da Cachoeira a 5 de agosto de 1865, em linha reta, com destino a São Gabriel, completou o percurso de trinta e cinco léguas em vinte e oito dias, transpondo o Rio Vacacay próximo a mesma povoação no dia 3 de setembro.
Marchou de São Gabriel com a brigada em 13 de setembro, para o exército em operações.

VELHOS COMANDANTES - pg 29

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Passando o rio Uruguai na fronteira de São Borja em 16 de fevereiro de 1866, atravessou a Província de Corrientes.
Embarcou em lbiatinguay, margem esquerda do Rio Paraná a 20 de julho.
Foi agraciado com o grau de comendador da ordem de São Bento de Aviz, por decreto de 17 de agosto de 1866.
Seguindo no vapor Diligente a 31 desse mês, desembarcou em Curuzú a 2 de setembro.
Combateu contra as fortificações paraguaias a 13 do mesmo mês.
Foi mencionado na ordem do dia no 87 do comando em chefe do 2o Corpo de Exército, pela maneira com que se portou no comando da 1a divisão, atacando o Forte de Curuzú pelo flanco direito.
Em decreto de 22 de janeiro de 1867 foi promovido ao posto de brigadeiro.
Foi condecorado com a comenda da ordem de São Bento de Aviz, por decreto de 1o de agosto de 1867.
A 3 de dezembro de 1867, apresentou-se à Repartição de Ajudante General, vindo do exército em operações contra o governo do Paraguai.
Foi nomeado comandante das armas da Província de Pernambuco a 9 de abril de 1868, deixando este cargo para assumir o comando superior da Guarda Nacional da Corte, em decreto de 21 de janeiro de 1869.
Foi promovido a marechal de campo em 3 de fevereiro de 1880 e efetivo a 7 de agosto.
Faleceu na cidade do Rio de Janeiro em 19 de dezembro de 1882.

VELHOS COMANDANTES - PG 30 - VERSO

SEM CONTEÚDO

VELHOS COMANDANTES - pg 31


Coronel HERMENEGILDO DE ALBUQUERQUE PORTOCARREIRO
(Barão do Forte de Coimbra)

Nomeado comandante a 2 Dez 1857 e exonerado a 2 Dez 1860


Nascido a 13 de abril de 1818 na Província de Pernambuco, filho do Capitão Luiz da Costa Ferreira Quartoze e de Ana Teodora Ferreira de Mello, assentou praça voluntária a 28 de janeiro de 1836 no 4o Batalhão de Artilharia de Posição do Recife.
Reconhecido 2o Cadete em 24 de julho do mesmo ano, destacou para o sul por se oferecer voluntário, desembarcando na Província da Bahia onde prestou relevantes serviços e foi gravemente ferido no ataque geral de 17 e 18 de fevereiro de 1838.
Promovido a 2o tenente a 20 de agosto e 1o tenente a 2 de dezembro de 1839 para o 3o Batalhão de Artilharia a Pé e a capitão a 23 de julho de 1844 para o 2o batalhão.
Expedicionou a 23 de outubro de 1845 para a Província de Pernambuco a bordo da corveta Carióca, desembarcando a 28 de novembro na da Bahia, fazendo a guarnição da província.
Regressando à capital do império, foi matriculado na Escola Militar da Corte a 17 de março de 1846 a fim de continuar seus estudos que concluiu com o grau de bacharel em ciências matemáticas a 14 de novembro de 1848, indo reunir-se em dezembro ao 2o Batalhão de Artilharia a Pé a que pertencia.
Em 1849 assistiu ao ataque da cidade do Recife a 2 de fevereiro e a 7 marchou para o interior onde também assistiu ao ataque do engenho Pau Amarelo a 13 do mesmo mês.
Transferido para o 1o Batalhão de Artilharia a Pé em 17 de setembro do mesmo ano, foi nomeado cavaleiro da ordem de cristo a 2 de novembro.
No ano de 1852, mandado para a República do Paraguai como instrutor, foi promovido ao posto de major por merecimento a 30 de abril para o 3o Batalhão de Artilharia a Pé. Recolhendo-se a capital do império, foi elogiado em nome do imperador, pelo

VELHOS COMANDANTES - pg 32

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zelo com que desempenhou a comissão no Paraguai, e que além da instrução que deu sobre artilharia a cavalo, organizou um compêndio sobre manejos, manobras e mais explicações essenciais.
Foi transferido para o 2o Batalhão de Artilharia a Pé, assumindo suas funções na Bahia a 19 de fevereiro de 1853 e para o 1o batalhão a 2 de fevereiro de 1854, quando por decreto de 2 de dezembro do mesmo ano, foi agraciado com o grau de oficial da ordem da rosa.
Por decreto de 6 de março de 1855, foi nomeado comandante interino do Batalhão de Engenheiros, e cavaleiro da ordem de São Bento de Aviz, por decreto de 24 de outubro de 1856.
Promovido a tenente coronel por merecimento a 2 de dezembro de 1857, foi designado comandante do Corpo de Artilharia a Cavalo, com sede na Vila de São Gabriel, assumindo seu comando a 9 de julho de 1858.
Por decreto de 2 de dezembro de 1860 foi transferido para o comando do Corpo de Artilharia de Mato Grosso e Distrito Militar do baixo paraguai, que assumiu a 9 de julho de 1861.
Em ordem do dia de 20 de outubro de 1864 do Comando das Armas, mandado inspecionar o Forte de Coimbra, dirigiu a defesa do mesmo nos dias 27 e 28 de dezembro contra o ataque paraguaio. Embarcou na noite desse último dia no vapor Anhambaí com toda a guarnição do forte, reunindo-se às forças de Corumbá no dia 30.
Seguiu para a cidade de Cuiabá por ordem do Comando das Armas, a fim de expor pessoalmente ao Presidente da Província todo o ocorrido na fronteira do baixo paraguai.
Foi transferido para o Estado Maior de Artilharia a 18 de novembro de 1865.
Em 3 de janeiro de 1866 foi nomeado oficial da ordem do cruzeiro e, a 22 do mesmo mês, promovido ao posto de coronel, continuando no Comando do Corpo de Artilharia de Mato Grosso.
Passando a comandar o 1o Corpo de Guardas Nacionais a 12 de abril de 1866, deixou a 1o de maio para assumir o Comando das Armas na mesma Província.

VELHOS COMANDANTES - pg 33

BARÃO DO FORTE DE COIMBRA
Coronel HERMENEGILDO DE ALBUQUERQUE PORTOCARREIRO

VELHOS COMANDANTES - pg 34

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Exonerado das funções a 25 de maio de 1868, seguiu com destino a república do Paraguai, a reunir-se ao exército em operações.
Desembarcou na cidade de Assunção a 19 de julho e passou a comandar a brigada provisória a 4 de agosto.
Deixou este comando a 18 de fevereiro de 1870, a fim de recolher-se à capital do império, onde chegou a 9 de março. Foi transferido para o 5o Batalhão de Artilharia a Pé, em decreto de 30 e para o Corpo de Estado Maior de Artilharia, a 5 de julho de 1871, continuando no comando do batalhão como adido.
Foi nomeado membro da comissão de melhoramentos do material do exército a 30 de outubro de 1871.
Em setembro de 1872 foi nomeado inspetor dos corpos estacionados em Santa Catarina, São Paulo e Espírito Santo.
Por decreto de 5 de maio de 1873 passou a exercer o cargo de comandante das Armas da Província do Amazonas, deixando-o a 17 de abril de 1874, para inspecionar o Depósito de Aprendizes Artilheiros.
Assumiu o comando interino do Corpo de Engenheiros e a Direção do Arquivo Militar a 18 de junho de 1876.
Comandando as Armas da Província de Pernambuco, de 2 de março de 1878 até 28 de abril de 1879, foi louvado pelos serviços ali prestados.
Foi nomeado para inspecionar os corpos da Província da Bahia e de Sergipe a 23 de março de 1880 e os do Mato Grosso a 6 de dezembro.
Assumindo a 21 de maio de 1881 as Armas do Amazonas, foi exonerado a 16 de dezembro de 1882.
Mandado substituir o Brigadeiro Manoel Deodoro da Fonseca na inspeção de corpos em 1883 e servir na comissão de promoções a 28 de outubro, foi dispensado a 26 de março de 1888.
Passou a inspecionar o Arsenal de Guerra da Corte a 31 de janeiro de 1889 e em 13 de julho do mesmo ano, foi agraciado com a medalha concedida a guarnição do Forte de Coimbra, a geral da Campanha do Paraguai com passador de ouro no 5 e o titulo de Barão do Forte de Coimbra. Por decreto de 31 de janeiro de 1890 foi reformado, passando a ser considerado tenente general, por contar mais de quarenta anos de serviço, em decreto de 8 de janeiro

VELHOS COMANDANTES - pg 35

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de 1892, e marechal graduado a 4 de janeiro de 1893.
Faleceu a 12 de setembro de 1893 na cidade do Rio de Janeiro, deixando grande descendência.
Era casado com Ludovina Alves Portocarreiro.

VELHOS COMANDANTES - pg 36 - VERSO

SEM CONTEÚDO

VELHOS COMANDANTES - pg 37

Coronel ALEXANDRE GOMES DE ARGOLO FERRÃO
(Visconde de ltaparica)

Nomeado comandante a 2 Dez 1860 e exonerado a 1o Set 1865


Nascido a 8 de agosto de 1821 na Província da Bahia, assentou praça de 1o Cadete a 2 de dezembro de 1837 no 1o Batalhão de Artilharia de Posição; filho do Brigadeiro Alexandre Gomes de Argolo Ferrão, Barão de Cajaíba e neto do Sargento-­Mor José Joaquim de Argolo Queiroz.
Fazendo a campanha da Bahia desse ano até 1838, em decreto de 20 de agosto foi promovido a 2o tenente para o 3o Batalhão de Artilharia a Pé, em organização, ficando adido por ter sido nomeado ajudante de ordens do Comando das Armas da Bahia nos anos de 1838 e 1839, quando foi exonerado por aviso de 18 de junho para estudar na Academia Militar.
Em 15 de fevereiro de 1840 apresentou-se como voluntário para expedicionar com destino à Província do Maranhão.
Fez toda a campanha prestando relevantes serviços em ltapicurú-Mirim, comarca de Pastos Bons, de onde, após afugentar o inimigo, marchou para a Barra do Parnaíba.
Assistiu aos fogos do dia 3 e suportou os ataques dos rebeldes nos dias 6 e 11 de junho na Vila da Passagem, distinguindo-se no comando da linha de defesa; batendo-se valorosamente, cooperou em grande parte para a vitória.
Encarregado da exploração à margem do Parnaíba, fez mais de cem léguas de marcha, vencendo os rebeldes no Riachão e expulsando o inimigo de toda aquela área até a Vila da Passagem Franca.
Regressando à Bahia em 5 de abril de 1841, a 18 de maio de 1842 marchou para a Província de São Paulo e dali para a de Minas Gerais, de onde seguiu para o Rio de Janeiro a 12 de dezembro do mesmo ano.
Achando-se em licença para tratar da saúde na Província da Bahia, marchou a 24 de janeiro de 1844 para a Vila de Pilão Arcado, quando foi promovido ao posto de capitão por decreto de 23 de julho.

VELHOS COMANDANTES - pg 38

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Regressando, seguiu para a Província de Alagoas a 10 de fevereiro de 1845 no comando de uma força.
Em 9 de agosto foi elogiado pelo comandante das forças em operações em Alagoas pelo zelo e espírito de ordem, disciplina e interesse imediato que tomou no desempenho dos seus deveres, quando a 30, retornou para a Província de Pernambuco.
Por aviso de 22 de janeiro de 1846 obteve licença para continuar estudando.
Em decreto de 7 de setembro de 1847 foi nomeado cavaleiro da imperial ordem da rosa e por outro de 28 de novembro de 1848, transferido do 1o Batalhão de Artilharia a Pé, para o 4o da mesma arma.
Comandou esse corpo de 1o a 8 de janeiro de 1849 e a 15 do mesmo mês destacou para a Província de Pernambuco comandando um contingente.
Por ordem da Presidência da Província do dia 23, marchou com uma força de 200 homens para atacar os rebeldes na ilha de Itamaracá.
Marchou novamente para as Vilas de Guarassú e Itapessiossima, onde, a 27 do dito mês, bateu os rebeldes e perseguiu até o Araripé de Baixo.
Combatendo-os novamente no dia 28, destroçou-os completamente, regressando a Recife no dia 1o de fevereiro, combatendo quando do ataque dados pelos rebeldes no dia 2 nessa cidade, onde se distinguiu pela bravura e perícia, pelo que, em decreto de 14 de março de 1849, foi nomeado cavaleiro da ordem de cristo.
Regressando a 17 do mesmo mês para o Rio de Janeiro, a fim de continuar a estudar, por decreto de 30 de abril de 1852, foi promovido ao posto de major.
Designado comandante do Corpo Policial da Província da Bahia a 6 de janeiro de 1854, e entrando em exercício a 19, foi a 6 de dezembro nomeado oficial da ordem da rosa.
Transferido do 4o Batalhão de Artilharia a Pé, a 16 do mesmo mês, para o 2o da mesma arma, deixou o cargo que exercia no Corpo Policial a 12 de fevereiro de 1855, passando a comandar interinamente o 2o batalhão no dia 1o de março, embarcando com o mesmo para o Rio de Janeiro onde chegou a 24 de dezembro.
Expedicionou com o batalhão em junho de 1856 para a Província de Mato Grosso onde chegou em outubro do dito ano.
Incumbido do comando geral das fronteiras do Paraguai e Miranda, por ordem do dia do Comando das Armas do dia 28, foi promovido por merecimento ao posto de

VELHOS COMANDANTES - pg 39

VISCONDE DE ITAPARICA
Coronel ALEXANDRE GOMES DE ARGOLO FERRÃO

VELHOS COMANDANTES -pg 40

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tenente coronel em decreto de 2 de dezembro.
Extinto aquele comando a 26 de junho de 1857, passou a exercer as funções de comandante do 2o Batalhão de Artilharia a Pé do qual foi transferido para o 1o da mesma arma por decreto de 1o de dezembro.
Promovido por merecimento ao posto de coronel a 2 de dezembro de 1860 para o Regimento de Artilharia a Cavalo, foi nomeado cavaleiro da ordem de São Bento de Aviz.
Em ordem do dia de 2 de setembro de 1865, mandado apresentar-se ao Barão de Porto Alegre a fim de ser empregado no exército em operações, foi nomeado deputado do Ajudante General, cargo de que foi exonerado a 25 para seguir em outra comissão.
Em decreto de 19 de novembro foi transferido para o Estado Maior de Artilharia e, por outro de 22 e janeiro de 1866, promovido ao posto de brigadeiro.
Pela ordem do dia de 25 de abril de 1866 foi elogiado pelo comando em chefe do 1o Corpo de Exército pelos serviços prestados no ataque do dia 17, por não desmentir o conceito de que goza, guardando seu respectivo posto com serenidade, ativando e dirigindo o movimento da fração de força do seu comando, á medida em que as circunstâncias do terreno permitiam, ou que a necessidade se apresentava, de uso de forças nestes ou naquele ponto.
Em outra ordem do dia de 26 de maio, foi elogiado pelos serviços prestados no comando da 1a divisão na batalha de Tuiuti a 24 do mesmo mês.
Promovido por decreto de 5 de outubro ao posto de marechal de campo, foi nomeado por ordem do dia de 29 de novembro, comandante interino do 2o Corpo de Exército.
Foi nomeado a 28 de fevereiro de 1867 comandante da 1a Divisão de Infantaria e a 27 de janeiro de 1868, do 2o Corpo de Exército.
Na ordem do dia de 21 de fevereiro, foi elogiado e agradecido pelo zelo, perícia e coragem demonstrados durante o ataque no dia 10 ao Forte do Estabelecimento.
Por decreto de 28 de março de 1868, foi nomeado Conselheiro de Guerra e dispensado dessas funções pela ordem do dia no 245, do Marquês de Caxias, de 19 de agosto, para assumir o comando das forças na base de operações em Humaitá. Comandando uma coluna de oito mil homens, de infantaria e artilharia, passou

VELHOS COMANDANTES - pg 41

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pela frente de Vileta e desembarcou nas barrancas de Santo Antonio e no dia 6 de dezembro de 1868 atacou a ponte do Arroio Itororó, sob grande fogo de artilharia e fuzilaria inimiga, pelo que foi ferido e retirado da luta.
Por decreto de 26 de dezembro do mesmo ano foi agraciado com o título de Visconde de Itaparica.
Designado pelo comandante em chefe para construir a estrada do chaco, iniciando em Palmas-Santa Tereza e indo terminar em Vileta, numa extensão de três léguas, e entregando-a pronta em vinte e três dias, foi elogiado pelo valioso serviço que propiciou para a passagem do exército pelo chaco e condecorado com o grau de grande dignatário da ordem da rosa.
Regressando do exército em operações e apresentando-se na corte do Rio de Janeiro a 16 de fevereiro de 1869, por decreto de 20 do mesmo mês, foi agraciado com a medalha do mérito militar, em atenção aos reiterados atos de bravura praticados em diversos combates na Guerra do Paraguai.
Recebeu felicitações da Assembléia Provincial do Rio Grande do Sul em sessão de 12 de julho do mesmo ano.
Faleceu solteiro a 23 de julho de 1870, na capital da Província da Bahia, de ferimento grave, recebido em Itororó, em 06 de dezembro de 1868.

VELHOS COMANDANTES - pg 42 - VERSO

SEM CONTEÚDO

VELHOS COMANDANTES - pg 43

Tenente Coronel EMÍLIO LUIZ MALLET*
(Barão de Itapeví)

Nomeado comandante a 20 Ago 1866 e exonerado a 07 Out 1866


Nascido a 10 de junho de 1801 em Dunquerque, França, filho de Mr. Jean Antoine Mallet e Julie Marie Joseph Denys de Monfort, praça de 1o cadete a 15 de novembro de 1822, no Regimento de Artilharia do Rio de Janeiro, com 63 polegadas de altura, cabelos castanhos, olhos azuis, 22 anos de idade.
Por portaria de 11 do mesmo mês, ficou dispensado das provanças e habilitações de estilo.
Por decreto de 12 de outubro de 1823, foi promovido ao posto de 2o tenente, passando a 22 de dezembro, agregado às Brigadas de Artilharia Montada da Corte.
Promovido ao posto de 1o tenente ajudante, por decreto de 17 de fevereiro de 1825, destacou para o Rio Grande de São Pedro do Sul, em 16 de novembro do mesmo ano.
Tomou parte ativa na contenda que se feriu no dia 20 de fevereiro de 1827 no Passo do Rosário.
Foi promovido ao posto de capitão ajudante por decreto de 12 de outubro do mesmo ano, por atos de bravura na ação do dia 20, recolhendo-se à corte no dia 1 de junho de 1829, destacando novamente para a Província do Rio Grande do Sul a 19 de novembro desse ano, a fim de fazer remonta.
Foi demitido do serviço militar do império, em virtude do artigo 10 da carta de lei de 24 de novembro de 1830 e decreto da regência provisória em nome do imperador, de 29 de abril de 1831. Como major comissionado, seguiu de São Gabriel no comando de uma Companhia de Artilharia do Regimento de Artilharia a Cavalo, a 10 de agosto de 1851, com destino a Santana do Livramento, onde chegou a 21, fazendo junção com as
* Patrono da Artilharia Brasileira e do 3o GAC AP (Regimento Mallet), por decreto no 21.196, de 23 de março de 1932.

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forças em organização do exército do sul, para a campanha contra D. João Manoel de Rosas.
Organizada nova unidade a cavalo com a artilharia prussiana, passou a pertencer a mesma, permanecendo à retaguarda do teatro de operações em proteção ao território Uruguaio e do Rio Grande de São Pedro do Sul.
Em 20 de setembro de 1851, por decreto no 635, foi admitido no quadro do exército, no posto de capitão para a 3a Companhia do Regimento de Artilharia a Cavalo.
Dissolvidas as divisões e brigadas por se ter dado fim a guerra, foi condecorado com a medalha de ouro dessa campanha, e com o oficialato da ordem da rosa, a 15 de setembro de 1852, pelos serviços prestados na Província do Rio Grande do Sul.
Apresentando-se ao regimento em São Gabriel, no dia 1o de fevereiro de 1853, foi designado para as funções de major da 4a brigada.
Tendo sido aprovado nos exames práticos da arma, foi promovido ao posto de major, por decreto de 2 de dezembro de 1855.
Deixando o exercício de major da 4a brigada, passou a fiscalizar o regimento, unidade que comandou interinamente de 31 de janeiro a 6 de julho de 1858 e de 19 de janeiro a 3 de dezembro de 1861, recebendo nesse último período, o hábito da ordem da rosa com que fora agraciado a 23 de março e louvado a 17 de outubro, pelo zelo e comportamento na importante tarefa de comandar o Regimento de Artilharia a Cavalo e pela coadjuvação que sempre prestou ao comando da brigada.
Promovido a tenente coronel graduado, por decreto de 28 de novembro de 1863, continuou fiscalizando o regimento.
Como fiscal marchou de São Gabriel a 18 de outubro de 1864, comandando as 2a e 3a Baterias, chegando ao Piraí-Grande a 30 do mesmo mês, onde se organizou o exército do sul do império.
Atravessando a linha divisória com o Estado Oriental do Uruguai a 1 de dezembro, chegou a Paissandú a 27, tudo do ano de 1864.
Fez o reconhecimento às posições inimigas e participou do conselho que resolveu o plano de ataque aquela praça.
Na noite de 30 tomou posição com as baterias de artilharia a cavalo, assumindo igualmente o comando de toda a artilharia que desembarcou da esquadra brasileira.

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BARÃO DE ITAPEVÍ

Tenente Coronel EMÍLIO LUIZ MALLET

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Tomando parte nos combates de 31 de dezembro de 1864, 1o e 2 de janeiro de 1865, até a final rendição da praça, foi elogiado por sua ação nesse combate e assalto.
Embarcando com as baterias no vapor Oiapoque a 16 de janeiro, desembarcou em Santa Luzia, marchando para a Vila da União, onde chegou a 7 de fevereiro.
Presidiu a comissão que fez o reconhecimento em torno da cidade e teve aprovado o seu plano de ataque pelo conselho de generais.
Em 18 de fevereiro, foi condecorado com a comenda da ordem da rosa, pelos serviços prestados no ataque a Paisandú e com a medalha de ouro da campanha do Uruguai, de 1864 a 1865.
Assistiu ao sítio de Montevidéu até a capitulação da praça a 20 de fevereiro, marchando com o exército para junto da Fortaleza do Cerro a 2 de março.
Embarcou para São Francisco onde chegou a 11 de maio; atravessou a Província de Entre-Rios a 28 de junho, e desembarcando em Concórdia no estado argentino, marchou em direção a República do Paraguai.
Passando a comandar o 1o Regimento de Artilharia a Cavalo a 1o de setembro, foi promovido a tenente coronel a 22 de janeiro de 1866.
Chegando à margem esquerda do Rio Paraná, no Passo do Itapirú a 31 de março, acampou com o regimento em frente ao inimigo.
Transpondo o Paraná, desembarcou em território paraguaio a 16 de abril, à frente de oito bocas de fogo e tomou parte no combate desse dia e no dia 17, contra forças das três armas; repelidas estas do campo de batalha, marchou a 18 em perseguição, acampando junto ao Forte de Itapirú.
Marchando com o Regimento a 24, passou pelas fortificações do Passo da Pátria já abandonadas pelo inimigo, acampando junto às mesmas.
Foi elogiado em ordem do dia do comando em chefe, de 25 de abril, por se haver portado com distinção e bravura nos combates de 16 e 17 de abril.
Assistiu ao combate do dia 2 de maio, dado pelo inimigo nessa posição.
Foi louvado em aviso do Ministério da Guerra dessa mesma data, em nome de sua majestade o imperador, pelos relevantes serviços prestados na campanha até esse dia.
Tomando posição com o regimento em frente as trincheiras inimigas do Estero Bellaco, desalojou daí o inimigo.

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Acampando em Tuiuti com o exército uruguaio que formou a vanguarda, tomou parte na grande batalha do dia 24 e no combate de 28, tudo de maio de 1866.
Foi elogiado na ordem do dia do comando em chefe nessa última data, por seu comportamento na batalha do dia 24 e mencionado com honrosos elogios nas partes dadas pelos generais, chefe do estado-maior, comandante geral da artilharia e comandante do exército oriental.
Tomou parte nos combates de artilharia de 14, 18, 19 e 20 de junho e assistiu ao de 16 e 18 de julho.
Foi nomeado oficial da imperial ordem do cruzeiro a 17 de agosto e por decreto de 20, promovido ao posto de Coronel por atos de bravura, para o 1o Regimento de Artilharia a Cavalo.
Passou a comandar a 1a Brigada de Artilharia a 7 de outubro de 1866.
Pelo zelo e perícia no comando da brigada, foi elogiado pelo Marquês de Caxias a 12 de janeiro de 1867 e nomeado dignatário da ordem da rosa a 12 de abril.
Marchando com a brigada, tomou parte no ataque ao reduto do Estabelecimento a 19 de fevereiro de 1868 e recolhendo-se a Tuiu-Cuê a 21, foi novamente elogiado, por brioso, valente e disciplinado.
Pelo mesmo feito, foi louvado pelo imperador, por ter concorrido para a glória das armas imperiais.
Marchando com a brigada a 21 de março, para o Passo do Espinilho, fez o reconhecimento a viva força sobre trincheiras inimigas.
Ocupou a 3 de abril diversos pontos no sítio que se estabeleceu a Fortaleza de Humaitá, tomando parte no combate.
Em 11 do mesmo mês, foi nomeado diagnatário da ordem do cruzeiro, pelos serviços prestados no ataque ao Estabelecimento.
Foi elogiado pelo Visconde do Herval, por haver-se distinguido no combate de 16 de julho, nas trincheiras de Humaitá.
Marchando para Palmas, acampou com a brigada a 24 de setembro e em 21 de dezembro, integrando forças ao mando de D. Henrique de Castro, assistiu ao ataque às trincheiras de Piquicirí e a 22 acampou entre os redutos de Angustura e Lomas Valentinas e no clarear do dia, dirigiu o bombardeio a este último reduto. A 27, tomando posição com vivo fogo de artilharia, dirigiu o assalto, seguindo

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depois até o Potreiro Mármore onde acampou, após derrotar totalmente o inimigo.
No dia 29 tomou posição em frente a Angustura e a 30, tudo de dezembro de 1868, assistiu a capitulação dessa praça, ocupando-a com a brigada de artilharia e forças de infantaria de todas as nações amigas.
Marchando de Angustura a 28, chegou a Assunção a 30, tudo de janeiro de 1869 e a 20 de fevereiro, lhe foi conferida a medalha do mérito militar.
Marchou para Luque, Areguá e Pirajú, em 6 de abril, 22, 23 e 25 de maio respectivamente.
Recebeu da Câmara dos Deputados, em sessão de 5 de junho, voto de felicitação e reconhecimento pelos triunfos alcançados na guerra de honra em que o Brasil se empenhou, tornando-se digno da gratidão nacional.
Em 27 de junho, foi nomeado comandante geral da artilharia.
Acha-se compreendido na felicitação que a Assembléia Provincial do Rio Grande do Sul, em sessão de 12 de julho de 1869, fez ao exército e armada.
Por decreto de 14 do mesmo mês, foi promovido ao posto de brigadeiro, em atenção aos relevantes serviços prestados ao exército em operações no Paraguai.
Integrando o 1o Corpo de Exército, chegou a Paraguarí a 3 de agosto, a Mata de Sapucaí a 5, onde bombardeou o inimigo, a Valenzuela a 7, marchando daí já com o 2o Corpo de Exército, até as imediações de Peribebuí, onde chegou a 10.
Na madrugada do dia 12, após bombardeio, assistiu o assalto à praça fortificada.
Nesse mesmo dia marchou para Caacupé, retrocedendo no dia 15, em marcha forçada em direção a Barreiros ao encontro do inimigo que se havia posto em fuga, de Caacupé e Ascurra.
Chegando a Barreiros, assistiu ao combate de 18, marchando a seguir para Caraguataí, onde acampou.
Em 3 de setembro, o comandante em chefe do exército em operações no Paraguai, Conde d’Eu, dando parte dos feitos das armas, elogiou-o por ter-se voluntariamente apresentado ao lugar da ação na batalha de Nhu-Guassú ou Campo Grande, a 16 de agosto de 1869, fazendo jus aos maiores encômios. Recebeu voto de louvor e gratidão da Câmara dos Deputados da Assembléia Geral, em 11 de maio de 1870, por ter participado da guerra contra o Paraguai, até o

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depois até o Potreiro Mármore onde acampou, após derrotar totalmente o inimigo.
No dia 29 tomou posição em frente a Angustura e a 30, tudo de dezembro de 1868, assistiu a capitulação dessa praça, ocupando-a com a brigada de artilharia e forças de infantaria de todas as nações amigas.
Marchando de Angustura a 28, chegou a Assunção a 30, tudo de janeiro de 1869 e a 20 de fevereiro, lhe foi conferida a medalha do mérito militar.
Marchou para Luque, Areguá e Pirajú, em 6 de abril, 22, 23 e 25 de maio respectivamente.
Recebeu da Câmara dos Deputados, em sessão de 5 de junho, voto de felicitação e reconhecimento pelos triunfos alcançados na guerra de honra em que o Brasil se empenhou, tornando-se digno da gratidão nacional.
Em 27 de junho, foi nomeado comandante geral da artilharia.
Acha-se compreendido na felicitação que a Assembléia Provincial do Rio Grande do Sul, em sessão de 12 de julho de 1869, fez ao exército e armada.
Por decreto de 14 do mesmo mês, foi promovido ao posto de brigadeiro, em atenção aos relevantes serviços prestados ao exército em operações no Paraguai.
Integrando o 1o Corpo de Exército, chegou a Paraguarí a 3 de agosto, a Mata de Sapucaí a 5, onde bombardeou o inimigo, a Valenzuela a 7, marchando daí já com o 2o Corpo de Exército, até as imediações de Peribebuí, onde chegou a 10.
Na madrugada do dia 12, após bombardeio, assistiu o assalto à praça fortificada.
Nesse mesmo dia marchou para Caacupé, retrocedendo no dia 15, em marcha forçada em direção a Barreiros ao encontro do inimigo que se havia posto em fuga, de Caacupé e Ascurra.
Chegando a Barreiros, assistiu ao combate de 18, marchando a seguir para Caraguataí, onde acampou.
Em 3 de setembro, o comandante em chefe do exército em operações no Paraguai, Conde d’Eu, dando parte dos feitos das armas, elogiou-o por ter-se voluntariamente apresentado ao lugar da ação na batalha de Nhu-Guassú ou Campo Grande, a 16 de agosto de 1869, fazendo jus aos maiores encômios. Recebeu voto de louvor e gratidão da Câmara dos Deputados da Assembléia Geral, em 11 de maio de 1870, por ter participado da guerra contra o Paraguai, até o

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brilhante feito de 1o de março de 1870.
Em 25 de julho, apresentou-se à Repartição de Ajudante General, vindo do Paraguai.
Em 10 de agosto de 1871, passando à disposição do Presidente da Província do Rio Grande do Sul, foi nomeado, a 20 de setembro, comandante da Fronteira de Bagé e condecorado com as comendas das ordens de cristo e da de São Bento de Aviz.
Por decreto de 27 de outubro de 1871, foi nomeado comandante das Armas da Província de Pernambuco.
Recebeu a 24 de maio de 1872, diploma e medalha geral da campanha do Paraguai, com passador de ouro no 5.
Foi exonerado a 12 de junho, do cargo que exercia na Província de Pernambuco.
Assumiu os comandos das Fronteiras de Quaraí e Santana do Livramento, a 10 de maio de 1873 e 16 de fevereiro de 1878, respectivamente.
Foi agraciado com o título de Barão de Itapeví, a 28 de dezembro de 1878 e promovido a marechal de campo a 18 de janeiro de 1879.
Nomeado comandante das Armas da Província do Rio Grande do Sul, por decreto de 11 de outubro de 1879 e exonerado a 4 de maio de 1880, foi designado inspetor dos corpos de cavalaria e do 1o Regimento de Artilharia a Cavalo.
Por decreto de 11 de outubro de 1884, foi promovido ao posto de tenente general graduado e a 30 de maio de 1885, reformado como marechal.
Faleceu na capital do império a 2 de janeiro de 1886, deixando grande descendência.
Era casado com Joaquina Castorina de Medeiros Costa.

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SEM CONTEÚDO

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Tenente Coronel SEVERIANO MARTINS DA FONSECA
(Barão de Alagoas)

Nomeado comandante a 30 Mar 1870 e exonerado a 6 Set 1870


Nascido a 8 de novembro de 1825 na Província das Alagoas, filho do Tenente Coronel Manoel Mendes da Fonseca e de Rosa Maria Paulina da Fonseca, assentou praça voluntária e jurou bandeira no 1o Batalhão de Artilharia a Pé em 25 de setembro de 1841.
Reconhecido 1o cadete a 28 de novembro do mesmo ano, passou para o Depósito da Praia Vermelha a 1 de julho de 1842.
Apresentou documento comprovando ter sido aprovado plenamente nas matérias do primeiro, terceiro e quinto anos e em direito, e simplesmente no segundo, em geometria descritiva e física.
Foi promovido ao posto de alferes secretário para o Corpo da Província de Goiás por decreto de 12 de novembro de 1842.
Transferindo-se como 2o tenente para o 2o Batalhão de Artilharia a Pé a 29 de setembro de 1847 e adido ao 1º batalhão, ficou com licença para estudar na Escola Militar.
Apresentando-se para o serviço a 4 de novembro de 1847, obteve licença para na Escola Militar assistir aos exercícios práticos, previstos para o dia 7 de janeiro de 1848.
Apresentou em 16 de março certidão de matrícula no quarto ano da mesma escola
Desligado por haver concluído o curso de sua arma, apresentou-se ao 2o Batalhão de Artilharia a Pé na Província de Pernambuco em abril de 1848.
Destacou para a Província das Alagoas a 10 de setembro do mesmo ano.
Foi promovido por decreto de 27 de agosto de 1849 ao posto de 1o tenente para o 4o Batalhão de Artilharia a Pé. Em 18 de outubro de 1849, marchou com o destacamento de seu comando para

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Água Branca a fim de reunir-se ao Capitão Manoel José Espíndola, ficando sob as ordens do mesmo oficial.
Apresentou-se na Província da Bahia a 7 de dezembro de 1850 e embarcou com o batalhão a 10 para a capital do império.
Embarcando com o batalhão a 16 de fevereiro de 1851 para a Província de Pernambuco, passou a empregado no quartel do Comando das Armas a 12 de julho, com o cargo de ajudante de ordens do Marechal de Campo Antonio Corrêa Seára.
Exonerado a 17 de outubro de 1851, marchou em diligência para a Vila de Garanhuns a 18 de novembro, recolhendo-se a 24 de dezembro.
Marchando com o batalhão para o norte da província a 8 de janeiro de 1852 e recolhendo-se a 22 do referido mês, foi promovido a capitão, agregado para o Regimento de Artilharia a Cavalo em 30 de abril.
Passou a efetivo em 22 de setembro de 1853 pela organização de duas baterias criadas com o plano de 18 de abril de 1851.
Foi elogiado pelo comandante da 4a brigada em ordem do dia no 4, de 1 de setembro de 1854, pelas prontas providências que empregou para comprimir uma desordem entre praças do regimento e do 5o Regimento de Cavalaria Ligeira, a qual poderia ter desagradáveis conseqüências.
Foi louvado pela ordem dia regimental no 15, de 25 de agosto de 1854, pelo zelo, interesse e atividade que se conduziu no desempenho das suas obrigações, no comando da 3a Bateria.
Foi igualmente elogiado na ordem regimental no 36, de 24 de dezembro, pela sua inteligência e préstimo no cumprimento de seus deveres.
Foi mencionado na ordem regimental no 38, de 26 de janeiro de 1855, que transmitiu honrosos cumprimentos do General João Francisco Caldwel, comandante das Armas da Província de São Pedro do Sul.
Foi elogiado em ordem do dia no 53, do Regimento de Artilharia a Cavalo, pelos bons serviços prestados no exercício de fiscal que desempenhou com zelo, pontualidade e acerto.
Transferido para o 1o Batalhão de Artilharia a Pé por decreto de 7 de dezembro de 1855, permaneceu em diligência no Rio Grande do sul. Apresentando-se a 5 de março de 1856, passou a servir de comandante das

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baterias da Fortaleza de Santa Cruz, até 5 de junho de 1857.
Foi louvado a 10 de junho de 1857, na ordem do dia no 38, do comando da Fortaleza de Santa Cruz, pela atividade e zelo com que desempenhou as funções de major da praça, comandando as baterias e o destacamento.
Deixando esse exercício, acumulou os comandos da 1a, 2a, 7a e 8a companhias e as funções de diretor da escola elementar, no período de 18 de maio de 1859 até 14 de janeiro de 1861.
Por ordem do dia no 10, de 13 de maio, foi nomeado comandante das baterias da Fortaleza de São João.
Deixou o comando das baterias em 2 de março de 1862, por se haver retirado com o batalhão para o quartel do Largo do Moura.
Foi elogiado por sua majestade o imperador, a 31 de março, pelo esmero que empregou para que o batalhão se apresentasse com asseio e boa aparência na parada do dia 30, por ocasião da inauguração da estátua eqüestre do fundador do império.
Em 2 de abril entrou em licença para tratar de sua saúde, a qual findou-se em 6 de junho.
Passou a comandar a 1a Companhia acumulativamente com as funções de tesoureiro do conselho econômico.
Deixando essas funções a 1 de junho para assumir o comando das baterias da Fortaleza de Santa Cruz, em 14 de janeiro de 1863 passou a exercer as funções de fiscal do batalhão e a 24 o comando da 6a companhia.
Nomeado a 3 de agosto, instrutor dos guardas nacionais destacados na Fortaleza de Santa Cruz, por decreto de 9 de outubro foi nomeado cavaleiro da ordem de São Bento de Aviz, e a 30 de abril de 1864, cavaleiro da ordem da rosa.
Embarcou com o batalhão no dia 26 de dezembro de 1864 no vapor Cruzeiro do Sul, fazendo parte da brigada expedicionária com destino ao Rio da Prata.
Chegando a Frai Bentos, departamento do estado oriental do Uruguai a 3 de janeiro de 1865, seguiu dai a 18 no vapor de guerra Beberibe.
Desembarcando em Santa Luzia a 27 e passando a fiscalizar o batalhão a 29, ficou pertencendo a 2a Brigada do exército em operações, que chegou a Vila da União a 7 de fevereiro. Assistindo ao sítio de Montevidéu até a final capitulação da praça a 20 de

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fevereiro de 1865, marchou com o exército para junto da Fortaleza do Cerro a 2 de março.
Em 1 de abril foi nomeado assistente do deputado do Ajudante General junto a 1a Brigada de Artilharia, então organizada.
Seguindo com a mesma no vapor Apa a 29 de maio, desembarcou junto ao Arroio Dayman em São Francisco, a 2 de junho.
Transpondo o Rio Uruguai a 30 e desembarcando junto a cidade de Concórdia no estado argentino, marchou com o exército pela Província de Entre-Rios em direção a República do Paraguai.
Foi condecorado com a medalha de prata com fita azul e branca, concedida pelo decreto no 3.468, de 8 de maio de 1865, ao exército que fez a Campanha do Uruguai, de 1864 a 1865.
Nomeado major em comissão e fiscal do 1o Regimento de Artilharia a Cavalo a 4 de setembro, apresentou-se ao referido corpo em marcha na Província de Entre-Rios, a 8 do mesmo mês.
Promovido a 22 de janeiro de 1866 ao posto de major para o estado maior de artilharia, marchou para a margem esquerda do Rio Paraná, no Passo do Itapirú, a 31 de março e acampou com regimento em frente ao inimigo.
Transpondo o citado rio, desembarcou em território paraguaio acima do Forte de Itapirú a 18 de abril, comandando parte do regimento, composta da 3a Bateria, a 1a divisão da 2a e a Bateria de Voluntários Alemães.
Incorporando-se ao regimento a 19 de abril, passou com o mesmo a 24 pelas fortificações do Passo da Pátria, já abandonadas pelo inimigo, acampando junto as mesmas.
Assistindo ao combate de 2 de maio, dado pelos paraguaios nessa posição, marchou com o regimento para a vanguarda do exército, onde combateu o inimigo, até que foi este lançado fora do campo de batalha.
Retirando-se com o regimento, regressou a mesma posição, onde de novo combateu o inimigo, que foi completamente derrotado.
Marchando a 9, a frente de seis bocas de fogo a fim de reconhecer as posições inimigas, dirigiu vivo combate de artilharia.

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BARÃO DE ALAGOAS

Tenente Coronel SEVERIANO MARTINS DA FONSECA

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A 20 de maio de 1866, tomando posição em frente das trincheiras inimigas junto ao Estero Vellaco, combateu e desalojou as forças paraguaias.
Ocupou diversas posições sempre batendo o inimigo, numa extensão de mais de meia légua.
Acampando em Tuiuti com o exército oriental que formou a vanguarda, assistiu ao combate que teve lugar a 22 por ocasião de reconhecimento e a 24 de maio tomou parte na Batalha de Tuiuti, combatendo com vivo fogo durante toda a ação, bem assim no combate do dia 28.
Foi elogiado a 2 de julho pela distinção e bravura com que se portou na batalha de 24, contribuindo para que fosse esse dia de glória para o 1o Regimento de Artilharia a Cavalo, acrescentando mais uma página honrosa à história de seus feitos, tornando-se feliz e tão glorioso para o Exército Brasileiro, por cujo feito das armas, cabendo ao regimento a parte mais ativa da batalha.
Marchando a 15 de julho com a 4a Divisão do Exército, comandando a força de artilharia composta da 3a Bateria e parte da 5a, ao clarear do dia 16 ocupou as posições em frente ao inimigo, no flanco esquerdo, combatendo-o com vivo fogo por espaço de doze horas.
Recolhendo-se ao regimento a 17, assistiu ao combate de 18, tudo de julho.
Foi elogiado a 24, pelo general comandante em chefe, pelos serviços prestados no combate de 16 do mesmo mês.
Foi nomeado por decreto de 18 de agosto, cavaleiro da ordem de cristo, pelos serviços prestados nos combates de 2, 22 e 24 de maio.
Passou em 7 de outubro de 1866 a comandar interinamente o regimento.
Foi elogiado pelo general comandante em chefe, por ter o 1º Regimento de Artilharia a Cavalo sob seu interino comando, sobressaído entre os demais corpos da brigada de artilharia e ligeira de cavalaria, na revista que o mesmo senhor passou na manhã de 11 de janeiro de 1867, não só pela boa execução das poucas manobras que se puderam fazer em terreno insuficiente, como pelo asseio de uniformes.
Foi nomeado por decreto de 13 de abril, oficial da ordem da rosa, pelos serviços prestados nos combates de 16 e 18 de julho de 1866. Promovido ao posto de tenente coronel para o Estado Maior de Artilharia a 1o de junho de 1867 por atos de bravura, a 20 de julho marchou comandando o

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regimento, fazendo parte do 1o Corpo de Exército, acampando a 31 em Tuiu-Cuê.
Marchando a 18 de fevereiro de 1868, tomou parte no ataque e assalto ao reduto denominado Estabelecimento no dia 19, recolhendo-se a 21 a Tuiu-Cuê.
Foi recomendado pelo comandante da brigada de artilharia na parte que deu do mesmo ataque, por haver cumprido satisfatoriamente o seu dever, provando mais uma vez por modo muito distinto e honroso, a justiça com que tem adquirido o renome de valente, brioso e disciplinado.
Pelo mesmo feito das armas mandou sua majestade o imperador a 20 de março, louvá-lo por ter concorrido para as armas imperiais se cobrirem de glórias naquele assalto.
Marchando novamente com o regimento a 21 de março para a frente da trincheira inimiga do passo Espinilho, aí conservou-se na linha de reserva durante o reconhecimento e viva força.
Marchando a 3 de abril para Para-Cuê com as baterias do regimento, ocupou diversos pontos no sitio que se estabeleceu á praça de Humaitá
Por decreto de 11 de abril foi nomeado cavaleiro da imperial ordem do cruzeiro, pelos serviços prestados no ataque de 19 de fevereiro.
Tomou parte no combate de 16 de julho por ocasião do reconhecimento que fez o 3o Corpo de Exército sobre as trincheiras de Humaitá.
Tendo sido recomendado pelo General Visconde do Herval, na parte que deu sobre o mesmo combate, por ser um dos oficiais que mais se distinguiu, mandou o Marquês de Caxias elogiá-lo em ordem do dia no 237, de 26 de julho.
Seguindo com o regimento a 8 de agosto incorporado a 3a Divisão de Infantaria, reuniu-se ao 1o Corpo de Exército em Tagí no mesmo dia, marchando para o Pillar a 18 e revertendo ao 3º Corpo de Exército a 21 junto ao Rio Nhumbocú, foi acampar em Palmas.
Em 1o de outubro de 1868, assistiu ao reconhecimento a mão armada sobre as trincheiras de Angostura.
Acampado em Palmas, marchou a 21 de dezembro com o regimento que operou como cavalaria, fazendo parte das forças ao mando do General Dom Henrique Castro, assistindo ao ataque das trincheiras do Pichyciry a 22, penetrando nas mesmas e acampando entre os redutos de Lomas Valentinas e Angostura.

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A 24 de dezembro tomou posição em frente às Lomas Valentinas a fim de hostilizar o inimigo com artilharia.
Ao clarear do dia 25 dirigiu o bombardeio e as nove horas marchou com a 1a e 3a Baterias a tomar posição nas linhas avançadas de onde metralhou o inimigo, reconhendo-se ao regimento no mesmo dia.
No amanhecer do dia 27 tomou posição no flanco direito do mesmo reduto e após novo bombardeio assaltou com o regimento as posições inimigas, apoderando-se de toda a artilharia, seguindo depois em sua perseguição até Angostura.
Em 30 de dezembro, assistindo a capitulação da guarnição do mesmo reduto, marchou com o regimento o ocupou-o.
Marchando de Angostura a 28 de janeiro de 1869, chegou a Assunção a 30.
Por decreto de 20 de fevereiro de 1869, foi agraciado com a medalha do mérito militar, em atenção aos reiterados atos de bravura praticados em diversos combates.
Seguindo com o 1o Corpo de Exército a 11 de março, acampou em Luque e Areguá, a 23 em Itaguá, destacando a 25 para a Divisão de Vanguarda, indo ocupar a estação de Cerro Leão e a 31 de maio incorporou-se ao 1o Corpo de Exército em Pirajá, onde acampou.
Marchando a 28 de julho com a ala direita do regimento fazendo parte da expedição ao mando do General João Manoel Menna Barreto, chegou a 29 em Paraguarí, a 5 de agosto em Ibitimy, a 7 em Valenzuella, onde se incorporou ao 2o Corpo de Exército.
Em 8 de agosto, marchou com o regimento e chegou a 10 às mediações de Peribebuy. Na madrugada de 12, dispôs as baterias do regimento nas posições determinadas pelo Comando Geral da Artilharia, para o bombardeio e assalto, ao clarear desse dia, à praça fortificada, dirigindo o bombardeio que fez o regimento atacando a praça.
Acha-se compreendido no número de oficiais a quem o general comandante do 2o Corpo de Exército mandou elogiar na ordem do dia no 2, de 12 de agosto de 1869, relativo ao combate desse dia.
Marchando a 13 em direção a Caacupé, retrocedeu na tarde de 15 em marcha forçada em direção a Barreiros de Pindoty ao encontro do inimigo que havia fugido de Caácupé e das posições de Ascurra.

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Chegando às pontas de Barreiros a 16 de agosto, dirigiu o bombardeamento e tomou parte no combate desse dia.
Assistindo ao combate do dia 18, marchou com o regimento para Caraguatay, onde acampou nessa data.
Foi elogiado nas ordens do dia no 3 e 4 de 18 e 19 de agosto de 1869, do 2º Corpo de Exército, relativos aos combates de 16 e 18 do mesmo mês.
Acha-se compreendido no número dos oficiais aos quais sua majestade o imperador, por aviso de 5 de outubro, mandou louvar por haver tomado parte nos brilhantes feitos que tiveram lugar no mês de agosto.
Igualmente compreendido no voto de louvor e reconhecimento, que a Câmara dos Deputados mandou que se consignasse na ata da sessão de 24 de agosto, pela vitória alcançada a 12 no ataque contra Peribebuy.
Também foi incluído na moção do Senado, unanimemente aprovada na sessão de 25, na qual manifesta ao exército os sentimentos de júbilo e reconhecimento pela parte que lhe coube no grande feito das armas do dia 12 do mesmo mês.
Marchando com o regimento para São Joaquim a 29 de setembro, chegou ao Arroio Hondo a 11 de outubro, prosseguindo a marcha a 21 com destino a Vila do Rosário, onde chegou a 31.
Foi promovido ao posto de coronel por atos de bravura em decreto de 30 de outubro, com antigüidade de 12 de agosto.
Em 14 de novembro foi elogiado pelo Marechal Conde d’Eu, pelos feitos das armas realizados no mês de agosto.
Foi incluído no estado efetivo da 1a Bateria do regimento a 15 de maio de 1870 por ter sido classificado no mesmo por decreto de 30 de março do referido ano.
Tendo obtido licença para tratar de sua saúde na corte do império, entrou em gozo da mesma em 1 de junho.
Transferido para o 1o Batalhão de Artilharia a Pé por decreto de 6 de setembro, foi excluído do estado efetivo do regimento a 31 de outubro do mesmo ano. Foi louvado pelo Ministro da Guerra em aviso de 8 de agosto de 1872, pelo auxílio que prestou ao Comando Geral de Artilharia na organização de importantes

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projetos de instrução para os exercícios do canhão Witworth de calibre 32 e 70.
O Governo Imperial manifestou, a 2 de outubro de 1872, a sua satisfação pelos serviços que prestou, organizando um projeto de instrução para operar as bocas de fogo de calibre 4 e 12, como primeira parte de um regulamento para as manobras da arma de artilharia de campanha.
Em 5 de março de 1873 foi louvado pelo Marechal de Campo Barão de Caxias, inspetor geral dos corpos da guarnição da corte, pelo zelo e dedicação demonstrados por ocasião de inspeção ao batalhão, fazendo votos que continuasse a envidar todos os seus esforços a fim de que o 1o Batalhão de Artilharia conservasse o grau de instrução, disciplina e moralidade que convém a todo corpo de exército.
Foi nomeado em 27 de setembro de 1873 para em comissão, examinar um projeto de reforma do plano de uniformes do exército.
Em 18 de abril de 1874 foi nomeado comandante do 2º Regimento de Artilharia a Cavalo
Por portaria de 28 de novembro foi nomeado comandante geral das forças da Província da Paraíba do Norte, a fim de debelar o movimento sedicioso, o que logrou com pleno êxito.
Regressando à capital do império em março de 1875, por decreto de 17 de abril foi agraciado com o título de comendador da ordem de cristo.
Promovido ao posto de brigadeiro a 27 de junho de 1877, foi nomeado comandante do curso de infantaria e cavalaria da Província do Rio Grande do Sul a 12 de setembro e condecorado com a ordem de São Bento de Aviz, no grau de comendador.
Assumiu também as funções de comandante da Escola Militar a 19 de abril de 1880, vogal do Conselho Supremo Militar a 14 de junho do mesmo ano.
Em 12 de abril de 1888 foi nomeado para em comissão rever os regulamentos das Escolas Militares e de Tiro.
Promovido ao posto de marechal de campo a 25 de abril, foi nomeado a 9 de maio, Conselheiro de Guerra.
Foi agraciado com o titulo de Barão de Alagoas com grandeza, a 2 de março de 1889.
Faleceu a 19 de março de 1889 na cidade do Rio de Janeiro.

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Era casado com Maria Amália de Carvalho.

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SEM CONTEÚDO

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Tenente Coronel JOAQUIM DA COSTA RÊGO MONTEIRO

Nomeado comandante em 30 Mar 1870 e exonerado em 1 Fev 1871


Filho legítimo de José da Costa Rabello Guimarães, natural da Província de Pernambuco, nasceu em 08 de fevereiro de 1824.
Assentou praça voluntariamente e jurou bandeira no 1o Batalhão de Artilharia a Pé, a 09 de setembro de 1844.
Em virtude do aviso do Ministério da Guerra, de 15 de fevereiro de 1845, fez passagem para o 2o Batalhão de Artilharia a Pé e continuou com licença na Escola Militar, onde se acha estudando.
Por decreto de 07 de setembro de 1847, foi promovido ao posto de alferes, para a arma de infantaria e classificado no 8º Batalhão de Fuzileiros.
Por outro decreto de 08 de julho de 1848, teve passagem para o 13o Batalhão de Infantaria, como fez público na ordem do dia do exército no 1 de agosto e continuou no destino em que se achava na Escola Militar, onde foi aprovado nas matérias do 1o, 2o, 3o e 5o anos.
Fez a campanha do Uruguai, desde 20 de agosto de 1851, época em que marchou da Vila de Caçapava, Província do Rio Grande do Sul, com trezentas baionetas do 13o Batalhão de Infantaria, a que pertencia, a reunir-se à 3a divisão, cuja força fez parte da Brigada Ligeira, ao mando do Barão de Jacuy, destinada a perseguir uma força oriental.
Reuniu-se ao exército em fins de outubro, marchando ao 1 de novembro, com a Brigada Ligeira, ao mando do Coronel David Canabarro, para a frente de Montevideo, onde acampou.
Pela ordem do dia do comando em chefe no 25, de 10 do referido mês de novembro, se fez público, que por decreto de 2 de agosto, foi transferido para o 1o Regimento de Artilharia a Cavalo, nos termos do artigo 12 da lei no 585, de 06 de setembro de 1850, sendo por isso excluído do 13o Batalhão de Infantaria e passou a adido ao 3o Regimento de Cavalaria de Guardas Nacionais, no Serro Largo, a fim de seguir para seu destino.